Visita à reserva Pataxó em Porto Seguro: Como é a experiência?

Créditos: Pataxó Turismo

Apesar de Porto Seguro ser uma cidade extremamente interessante, cheia de opções de praias, feiras ao ar livre e rodeada por outras cidades menores com diversas atrações, o que mais me chamou atenção nessa viagem foi o passeio para a Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira. Um passeio bem alternativo, considerando que trata-se de uma cidade conhecida por suas festas de axé, mas que não pode ficar de fora do seu roteiro. 

Existem várias opções de formatos de visitação. Tudo depende do tempo que pretende passar na reserva e da profundidade da imersão que você depende ter na cultura deles.

O que é a Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira?

A Aldeia Reserva da Jaqueira é um espaço de 827 hectares que foi conquistado por indígenas dessa tribo, onde eles podem viver realizando suas tradições milenares, receber visitantes e desfrutar do convívio com a natureza 24h por dia. Ao todo, vivem cerca de 35 famílias realizando diferentes atividades, tanto dentro quanto fora da aldeia (afinal, eles também têm contas para pagar!), mas a maior parte das famílias trabalha dentro da própria reserva com atividades relacionadas ao artesanato e turismo.

Neste território, a Mata Atlântica está 100% preservada e os índios têm a oportunidade de viver em uma realidade bem próxima daqueles que viviam na região antes da chegada dos portugueses. 

A Reserva da Jaqueira foi demarcada e homologada como terra indígena. Isso significa que ela é protegida por uma Lei Federal. Ao longo da visita, os moradores explicam melhor a luta para conquistar essa terra, que nem sempre foi de posse do povo Pataxó.

Créditos: Pataxó Turismo

O que vou encontrar ao visitar a reserva?

Ao entrar na aldeia, você será muito bem recebido. Em dias de visitação, haverá um integrante da tribo aguardando na entrada para te recepcionar. É possível fazer a visitação por conta própria ou por meio de uma agência de turismo. 

Logo quando cheguei, fui recebida por duas crianças (filhos do que estava responsável pela portaria naquele dia). Uma linda indiazinha com no máximo 3 anos de idade já pulou o meu colo para me receber e perguntar meu nome! 

Apesar de eu ter sido recebida dessa forma, ao longo de todo o passeio, pude perceber que nem todos eles se sentem à vontade para abraçar e tirar fotos com os visitantes o tempo todo. Assim como nós, existem alguns índios que são mais reservados e não conversam muito. Então, é importante ter atenção e entender quais deles se sentem mais à vontade para conversar. Todos estão vestidos de forma característica, pois é realmente dessa forma que se arrumam no dia a dia para manter a tradição viva.

De toda forma, haverá um responsável por guiar todo o seu passeio. Os integrantes da tribo que ficam com esse trabalho são os mais extrovertidos e que têm mais facilidade de lidar com o público. Então, em caso de dúvidas, recorra a ele!

O passeio que fiz foi o chamado “Volta às Origens” –  o mais curto dentre as opções, com duração de 3 horas. Em fevereiro de 2020, o valor era de 85 reais por pessoa. Neste passeio tive a oportunidade de:

  • Receber uma pintura no rosto, que eles usam para identificar se um membro da tribo é casado ou não;
  • Participar de uma roda de conversa onde contam a história da tribo, seu desaparecimento devido à complicações durante a colonização, luta dos descendentes para retomar os costumes e reconstruir a reserva, principais costumes e dúvidas que vão surgindo dentre os visitantes;
  • Visitar o kijeme do Pajé (aquilo que costumamos de chamar de oca, na língua Tupi);
  • Conhecer a exposição aos artesanatos feitos pelas índias da reserva;
  • Fazer uma caminhada leve pela mata para conhecer diferentes armadilhas, atividades típicas e maior contexto sobre a história da tribo;
  • Degustação de peixe preparado de forma característica, na folha de patioba;
  • Participar do Awê, o ritual de confraternização e agradecimento com dança e cantos Pataxó.

Ao final de tantas atividades, tudo que eu queria era ter comprado um pacote maior para passar mais tempo ali, pois foi uma experiência absolutamente incrível.

Existem outras opções de atividades inclusas?

Existem outras opções de passeios que você pode fazer na reserva. São eles:

  • Dia de índio: com duração de 7h, no valor de R$160,00;
  • Dia de índio com pernoite: com duração de 24h, no valor de R$270,00;
  • Cerimônia de casamento (sim, você pode se casar na tribo!): duração de 1 a 7 dias, com valor a ser consultado;
  • Ritual da vitória: com duração de 6h, no valor de R$160,00.

Esses são os valores cobrados diretamente pela tribo. Caso você faça o passeio por meio de uma agência, os valores podem variar por conta dos serviços extras de intermediação.

O que eu achei da experiência?

A experiência como um todo

Sem dúvidas, esse foi o melhor passeio da viagem. É muito interessante ouvir a história do Brasil e das tribos indígenas pela versão daqueles que foram prejudicados em todo o processo. 

Uma coisa que me chamou muita atenção ao longo de toda a visitação é o fato de que a chegada dos portugueses não é retratada como “o descobrimento”, como aprendemos na escola e somos acostumados a falar quando contamos a história do Brasil. Esse fato é retratado como “a invasão”. Pode parecer algo simples, mas passei a ver a história do nosso país como algo completamente diferente. 

No dia a dia, não nos lembramos das nossas raízes e da verdadeira história do país. O que aconteceu aqui antes da “invasão” é simplesmente ignorado e não nos damos conta disso no dia a dia. Todo o sofrimento e luta dos indígenas para lidar com os portugueses é retratado na roda de conversa e foi incrível entender um pouco mais sobre todo esse universo que é tão distante de mim.

As atividades realizadas na reserva

Também foi uma experiência única fazer as atividades junto com os índios. Meu grupo foi guiado por um senhor chamado Murici, que fez toda diferença na experiência! Se você tiver a oportunidade de escolher quem vai guiá-lo na mata, escolha o seu Murici! ;)

Ele nos apresentou a reserva toda de uma forma muito divertida. No grupo havia eu, meu namorado, dois uruguaios e um americano. Por ter uma aparência mais europeia, ao longo do passeio, seu Murici chamava o americano de português e não faltaram brincadeiras que faziam todos rir, nos deixando super à vontade para fazer perguntas que talvez ficaríamos receosos de fazer por medo de ofender a cultura (algo normal quando estamos em um ambiente totalmente diferente do nosso).

Ele nos contou, inclusive, sobre o dia em que jornalistas de uma TV Suíça visitou a tribo durante a Copa do Mundo de 2014 para fazer uma reportagem sobre os índios acompanhando o evento sediado no Brasil, dando de presente uma TV para a reserva. Segundo ele, quando todo o ambiente estava pronto para gravação, nenhum índio conseguiu ligar a TV. Afinal, era a primeira televisão da reserva e ninguém se lembrou que a televisão não era suficiente, faltava a antena! Imagine só a situação? ;)

Em resumo, o dia foi divertido e ficamos super à vontade! Vale muito a pena!

Como fazer o passeio à reserva Pataxó em Porto Seguro?

Durante o passeio, descobri que uma moradora de Porto Seguro foi uma das pessoas que mais ajudou a tribo Pataxó a recuperar parte da terra perdida com a chegada dos portugueses, além de intermediar todo o processo para que a reserva fosse aberta a visitação, gerando renda para a população indígena.

Neste processo, dona Luiza abriu uma agência de turismo que oferece todos os passeios em parceria com a tribo e diversos outros serviços na cidade. Por sorte, havia contratado o passeio com essa mesma agência, mesmo sem saber a história.

Por isso, recomendo que todos os passeios (não só na tribo) sejam feitos por meio da Pataxó Turismo. Eles te buscam no seu hotel, levam até a reserva e retornam com você na sequência. O serviço é ótimo! Vale a pena conferir todas as opções do site!

Você tem alguma dúvida ou curiosidade sobre a Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira? Deixa um comentário aqui embaixo! Te ajudamos a organizar essa viagem que vale cada centavo!

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Texto: Carolina Simões – 26 anos, jornalista por formação e atuante no mercado de marketing digital. Mãe de duas gatas (Safira e Jade) e moradora de Belo Horizonte. “Viajar é, sem dúvidas, minha maior paixão. Sempre sonhei em conhecer o mundo todo, e desde que comecei a ganhar meu próprio dinheiro, isso se tornou uma das minhas principais prioridades. Amo conhecer culturas novas, interagir com pessoas completamente diferentes e me sentir livre. Seja de carro, avião, trem… Topo e amo qualquer aventura!”

Perdendo o medo de viajar com a Worldpackers

O seu sonho é ter uma experiência fora do país, mas você tem medo? Então você precisa conhecer a Worldpackers, uma plataforma brasileira de viagem com foco em experiências de voluntariado. Através dela, você pode se conectar com anfitriões do mundo inteiro, e encontrar oportunidades em que você troca as suas habilidades por hospedagem. Seja para reduzir os custos da sua viagem, ter uma imersão na cultural local ou simplesmente fazer um intercâmbio. Você encontra tudo isso no site deles! São hostels, pousadas, ONGs, comunidades e projetos ecológicos em mais de 100 países onde você pode ajudar em troca de hospedagem e alimentação.

Como funciona a Worldpackers

“Viagens mudam pessoas. Pessoas mudam o mundo”. Esse é o slogan da Worldpackers, que traduz a essência da empresa e o principal objetivo deles, que é proporcionar experiências transformadoras através de viagens. Diferente de quando você fecha um pacote através de uma agência, a Worldpackers te garante uma experiência autêntica: de que outra forma você seria recebido por locais, de maneira segura e divertida? Com as vagas de voluntariado oferecidas por eles, é possível criar uma conexão com comunidades locais e desenvolver habilidades na prática como aprender a cozinhar, surfar ou até ensinar inglês para crianças. É uma excelente oportunidade para se abrir para outras realidades de vida, novas culturas e praticar o altruísmo.

Dentro do site, existe um sistema de avaliação: todos os anfitriões e viajantes podem comentar e avaliar as suas experiências, tornando tudo muito transparente e seguro. Para ter acesso às oportunidades, você deve se tornar membro, com pacotes que variam de 39 a 99 dólares ao ano ou 29 a 89 dólares com o meu código de desconto MIALVES. Veja alguns exemplos de vagas que você pode se candidatar:

Lá dentro, tudo funciona de maneira colaborativaa plataforma é feita por viajantes do mundo inteiro e por experts no assunto. São mais de 2 milhões de pessoas de 195 países compartilhando relatos todos os dias através das avaliações das suas experiências e de conteúdos variados em forma de artigos e vídeos. Você vai encontrar roteiros de viagem, tutoriais para arrumar a mochila, estratégias para aprender um novo idioma, e muito mais.

A Worldpackers ainda conta com uma equipe de suporte para tirar as suas dúvidas antes, durante e depois da sua viagem. Se, por qualquer razão, o anfitrião não respeitar o que foi combinado previamente (a contar da data de chegada), você pode acionar o Seguro Worldpackers, no qual a plataforma te ajuda a encontrar outro anfitrião nas proximidades para que você possa trocar suas habilidades por hospedagem. Caso não seja possível realocá-lo, você terá até 3 noites de hospedagem pagas em outro hostel, em um quarto compartilhado, previamente selecionado na mesma cidade.

Se o seu sonho é ter uma experiência no exterior, mas você tem medo, nada melhor do que conversar com pessoas que já fizeram isso ou que são experts no assunto. Dentro da plataforma, além de poder conversar com os viajantes através de mensagens privadas, você pode navegar nas dicas da comunidade em sessões organizadas por tópicos, como Primeira Viagem ou Viajar Sozinho. Também existe um guia colaborativo para mulheres que desejam viajar sozinhas, onde você vai encontrar relatos inspiradores escritos por mulheres que utilizaram a plataforma Worldpackers dando dicas práticas sobre os lugares mais seguros para viagens solo ou incentivando mais mulheres a se lançar em uma aventura.

Sabemos que uma viagem para o exterior pode parecer distante nesse momento, com a situação da pandemia e o aumento do dólar. Uma boa dica é viajar pelo Brasil, para ter uma experiência de voluntariado e fazer um teste, sentir se esse tipo de viagem faz sentido para o que você está buscando. Também é uma boa maneira de perder o medo e se lançar em novas aventuras, entrar em contato com outros viajantes e ampliar os horizontes. Existem milhares de oportunidades incríveis na Worldpackers que são dentro do Brasil, e podem ser o gatilho para a sua próxima viagem para o exterior.

Viajar sozinha é pra mim?

Mesmo vendo o exemplo de muitas mulheres desbravando o mundo sozinhas, você pode pensar que isso não é para você. É normal sentir medo antes de cogitar um mochilão ou até mesmo fazer um intercâmbio sozinho, principalmente para nós, mulheres. Comentários como o famoso  “mas você vai sozinha?” ajudam a reforçar o nosso medo e alguns preconceitos. Não deixe isso se tornar um impeditivo, pois as recompensas de uma viagem solo são maiores do que qualquer medo que possamos ter. Existem inúmeras formas de se preparar, e você pode encontrá-las com a ajuda de outros viajantes.

Entre os principais medos de viajar, o campeão entre mulheres está relacionado à segurança pessoal. Repetidas vezes, esse medo nem é nosso, mas de outras pessoas. Geralmente vem de pessoas que não estão acostumadas a viajar, e acabam passando o medo que elas sentem para você. Por isso, reflita sobre o quanto é real esse receio que está dentro de você em torno de uma viagem. Quantos desses medos são seus? 

Procure conversar com pessoas com os mesmos interesses que você, e que vão te incentivar de alguma forma. Busque se informar sobre o país para onde você quer viajar, pesquise no Google, leia livros e converse com outros viajantes. Ao entender um pouco da cultura e dos costumes de outros povos, você já vai estar mais preparado e menos propenso a passar por dificuldades. Esses conhecimentos vão te dar confiança para chegar em lugar desconhecido e explorar. 

A Jéssica, viajante da comunidade da Worldpackers, fala um pouco sobre isso em um dos artigos que publicou pela plataforma contando sobre a sua viagem solo para a Europa. Ela conta que teve uma experiência positiva, depois de entender aspectos da cultura e se planejar bem, o que a ajudou a se sentir mais segura. Além disso, ela ensina diversas estratégias para programar a sua viagem e também conta o quanto esse movimento começar a viajar sozinha a transformou.

Outro medo comum de quem nunca viajou sozinho é sobre não falar o idioma local. É claro que as coisas vão ser menos complicadas se você souber falar algumas palavras básicas, mas não pense que você precisar ter um inglês perfeito para ir para os Estados Unidos, por exemplo. A aprendizagem de um novo idioma pode ser, inclusive, um motivador para iniciar a sua viagem e entrar em contato com uma cultura diferente. Quando você chegar no destino, vai perceber que ninguém se importa com o seu sotaque e com os erros cometidos. Pode ser muito mais divertido aprender inglês saindo com a galera, surfando ou organizando eventos do que em uma escola!

A Worldpackers Academy

Uma ferramenta que você pode utilizar para te auxiliar a lidar com o medo e a preparação da viagem é a Worldpackers Academy. Esse é um dos planos existentes dentro da plataforma, que oferece mais de 500 aulas produzidas por viajantes experts e criadores de conteúdo do mundo das viagens. Com vídeos curtos e direto ao ponto, você vai se inspirar e desenvolver novas habilidades que podem te auxiliar na perda do medo e abrir caminhos para novas experiências. 

Quem tem medo costuma colocar muitos obstáculos no caminho. Por exemplo, dizer que não tem dinheiro para viajar, que é perigoso, que viajar em casal não dá certo. Com os cursos da Academy, vários perfis diferentes de viajantes vão quebrar todos mitos em torno de viagens, e te dar dicas práticas do que fazer para se jogar na estrada.

Esses cursos servem tanto para uma pessoa que quer empreender viajando, quanto para alguém que quer planejar uma viagem e não sabe por onde começar. São mais de 50 horas de aulas disponíveis, com conteúdos variados que te ensinam desde aprender um novo idioma até como construir um negócio próprio de viagens. Dentre as mulheres que produzem conteúdos, estão a Mary Teles do Vida Mochileira, a Luisa Ferreira, do Janelas Abertas e eu! Toda semana, a plataforma é alimentada com conteúdos novos e exclusivos. E você pode aproveitar todas as primeiras aulas de cada curso de graça!

O meu curso foi lançado recentemente e trata-se de 5 aulas para te ajudar a criar o roteiro de viagem perfeito.  – Nesse curso você irá aprender a fazer um roteiro de viagem do zero, desde a escolha do destino até colocando tudo em prática em uma planilha completa que irá te guiar durante todo o planejamento!

Alguns exemplos de outros cursos e conteúdos que você encontra por lá:

Como planejar um mochilão para qualquer lugar do mundo – Nesse curso, Bruno Veloso da Duckpackers, ensina a organizar um roteiro, fazer planejamento financeiro e encontrar as melhores promoções de passagens para tirar a sua viagem do papel.

Como superar os medos relacionados a viagens – Curso elaborado pela comunidade de viajantes, em que várias mulheres falam sobre diferentes medos como não saber falar o idioma local e a segurança de transitar em outros países.

Como aprender um idioma através da imersão cultural – Viajantes ensinam métodos para você se desenvolver e se aperfeiçoar em um novo idioma sem precisar entrar em uma sala de aula.

Viagens e Empoderamento Feminino – Conheça a história de algumas mulheres e a sua jornada pessoal utilizando viagens para se desenvolver.

Como criar e monetizar um blog de viagens – Nesse curso, a autora Luisa Ferreira do blog Janelas Abertas, ensina um passo a passo para criar um blog de viagens e alcançar independência financeira através dele.

Como viajar e trabalhar através do seu Instagram – Mary Teles do Vida Mochileira ensina a transformar o seu Instagram na sua principal fonte de renda.

Conheça os planos da Worldpackers

Se interessou por fazer uma experiência de voluntariado? Então dá uma olhada nos planos oferecidos por eles, de acordo com o seu momento. Você encontra informações mais detalhadas no site. Para todos os pacotes, você pode utilizar o meu código de desconto MIALVES.

WP Academy
Valor: US$ 39,60 / R$ 232,80

Está começando a planejar a sua viagem e quer perder o medo com a Worldpackers? Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, além de poder entrar em contato com outros viajantes da comunidade. Válido por 6 meses.

WP Trips
Valor: US$ 49 / R$ 288,06

Já está com a mochila pronta para viajar? Então use esse plano, e candidate-se para as vagas de voluntariado e converse com os anfitriões. Válido por 1 ano e 6 meses.

WP Pack
Valor: US$ 99 / R$ 582

Nesse plano, além de poder acessar todo o conteúdo da Academy, você também têm acesso às vagas de voluntariado e pode entrar em contato com os anfitriões. Válido por 1 ano e 6 meses.

Minha dica: se inscreva no Academy para aprender a planejar o seu roteiro, a criar novas habilidades e entender mais desse mundo de viagens (Pagando U$29,00 com o meu código), e antes dos 6 meses de plataforma de curso acabarem, você faz um upgrade para o WP Trips pagando apenas a diferença de U$9.60. Assim, você terá acesso à plataforma por 1 ano e meio para escolher e fazer vários trabalhos voluntários pelo mundo!

Quais são os países que exigem seguro viagem?

Já comentei por aqui, no YouTube, em todo lugar: o seguro de viagem é uma daquelas coisas que ninguém quer pagar ou investir, mas que é super necessário. Claro, seria muito mais legal investir a grana do seguro em alguns dólares ou eurinhos a mais para gastar durante a viagem, eu sei. Hoje eu quero te contar mais sobre os destinos que exigem o seguro de viagem, independente de você querer pagar por ele, ou não.

O Tratado de Schengen por exemplo, é um acordo feito pelos países europeus que determina algumas regras para o turismo, ou outros tipos de vistos, por lá. Uma das exigências do acordo é a contratação de um seguro viagem de no mínimo €30.000 de cobertura, uma garantia de que a pessoa estará segurado em qualquer imprevisto.

Com um seguro viagem em mãos, você consegue circular livremente nos países que pertencem ao Tratado. Basta apresentar o seguro juntamente do passaporte ao entrar em cada fronteira, durante uma eurotrip por exemplo.

Lista de Países que fazem parte do Tratado de Schengen:

Alemanha
Áustria
Bélgica
Dinamarca
Eslováquia
Eslovênia
Espanha
Estônia
Finlândia
França
Grécia
Hungria
Islândia
Itália
Liechtenstein
Letônia
Lituânia
Luxemburgo
Malta
Noruega
Países Baixos
Polônia
Portugal
República Tcheca
Suécia
Suíça

Há ainda quatro países que não fazem parte da União Europeia, mas que aderiram o Tratado de Schengen e suas exigências: Islândia, Suíça, Noruega e Liechtenstein.

Além dos países acima, existem alguns outros que exigem seguro viagem para que o turista possa entrar no país de destino, como é o caso de Cuba,  que exige cobertura mínima de US$ 10.000 para assistências médicas. Na Venezuela, a cobertura mínima é de US$ 40.000 para coberturas de assistência médica. Já a Austrália, apesar de exigir seguro viagem, não estipula valor da cobertura.

Por experiência própria eu indico fazer seguro de viagem pra quando você viajar para os Estados Unidos, não é obrigatório, mas o sistema de saúde lá não é público e muito pelo contrário, é super caro! Então melhor prevenir, porque nem uma ida rapidinha para tomar um soro por exemplo, vai ser barato. Infelizmente!

E pra te deixar um pouco feliz e economizar no Seguro de Viagem, indico o EASY SEGUROS que eu uso em todas as minhas viagens e nunca me deixou na mão, por isso descolei um desconto especial que você pode conseguir clicando nesse link aqui: CLIQUE AQUI   e usando o código CABIDE15OFF

Beijo e boa viagem!

CONHECENDO PORTUGAL EM 3 DIAS

Fazer um mochilão na Europa por 20 dias foi um dos primeiros desafios que enfrentei quando o assunto é viagem. Além da história que já conhecemos, de que na Europa tudo é muito caro, eu tive que fazer um planejamento bem estruturado da viagem, para não correr o risco de dar tudo errado, ou pelo menos, quase tudo. A primeira coisa que eu falo para todo mundo é: se você comprar um chip de celular que funcione em outro país, espere até chegar para colocar ele no seu celular, ou coloque antes de sair de onde está. Isso por que eu tive a má experiência de ter perdido o meu chip dentro do avião (óbvio que eu nunca mais achei). Com a perda do chip eu acabei gastando 80 euros SÓ comprando chip pelos países que passei. E como eu visitei cinco países, vocês já podem imaginar a dor de cabeça que deu. Mas sem bad vibes aqui hein!?

Hoje eu vim falar sobre um dos cinco destinos da minha trip, e também um dos destinos que mais amei conhecer: Portugal. Como os meus voos de chegada e partida eram de Portugal, acabou que fiquei um tempo maior por lá. Fui em fevereiro, então estava um pouco frio ainda (mesmo Portugal sendo o lugar mais quente pelo qual passamos), o problema nem é o frio, é o VENTO. A primeira impressão que eu tive de Portugal foi “um Brasil mais antigo que deu certo”, porque para todo lado que eu olhava em Lisboa, me lembrava o Brasil dos livros de história, sabe? Os carros mais antigos e a arquitetura me lembraram um pouco das ruas de São Paulo.

A primeira coisa que eu fiz quando cheguei em Portugal foi pegar um metrô e ir pro hotel. Eu viajei com meu esposo e nós estávamos muito cansados, mas como eu sou espertinha, já havia pesquisado antes de ir onde ficavam os mercados e padarias mais próximos do hotel. Por sorte havia um mercadinho há 2 ruas para baixo, e foi lá que compramos nossa refeição completa do dia seguinte.

Acordamos e fomos logo embarcar passar um dia em Porto e, se tudo desse certo, iríamos assistir a um jogo da Champions League. Como nós gostamos bastante de futebol, era algo importante para nós. Chegando em Porto pegamos direto um metro para o Estádio do Dragão, que é o estádio oficial do Futebol Clube do Porto. As bilheterias ainda estavam fechadas, mas o que tinha de cambista na porta, não dava para contar. Preferimos comprar direto na bilheteria, pois os riscos dos ingressos serem falsos é bem alto. Conseguimos os nossos tão sonhados ingressos do jogo do Porto contra o Juventus, foi surreal para nós. Conhecemos o entorno do estádio, loja oficial e tudo mais.

Depois fomos direto para a livraria Lello e Irmão, porque como fã de Harry Potter desde os sete anos, eu não poderia deixar de conhecer a livraria que inspirou J.K. Rowling. Pagamos 15$ para entrar na livraria, mas valeu cada centavo, foi muito mágico. Acho que para quem é Potterhead, conhecer coisas que envolvem a história, sempre será muito mágico e nostálgico. É incrível imaginar que J.K. se sentou em alguma daquelas cadeiras para escrever, ou que ela folheou algum livro das estantes.

Pelas 11:00 da manhã estávamos verdes de fome e descobrimos um “café” ao lado da livraria. Eles serviam pratos de comida então optamos por já fazer uma refeição reforçada. Eu não sei se era porque eu estava morrendo de fome, mas eu pedi um macarrão à carbonara que foi a coisa mais deliciosa que eu já comi na minha vida. O problema é que o prato era enorme e eu não consegui comer tudo, mas confesso que depois, quando bateu a fome de novo, eu me arrependi de não ter comido aquele resto que eu deixei no prato. É sempre assim, né!? O jogo começava por volta das 19:00, portanto tínhamos que chegar lá pelo menos umas 17:00. Não tínhamos muito tempo para conhecer Porto melhor, por isso andamos por alguns pontos turísticos que ficavam “perto” de onde estávamos e que dava para ir andando. Depois de um tempo andando e conhecendo alguns pontos, voltamos para o estádio.

O metro estava LO-TA-DO. Cheio de italianos conversando absurdamente alto, pessoas cantando, parecia que já estávamos dentro do jogo. Fiquei um pouco impressionada, mas não sabia o que viria depois. Ao sair do vagão, uma multidão se encontrou na escadaria, pessoas cantando musica do Porto, a multidão praticamente nos carregava. A energia que rolava ali, era incrível, não dá nem para descrever. As nossas garrafas de água e comidas foram barradas na portaria, mas comemos um hotdog com batata frita delicioso dentro do estádio.

No dia seguinte fizemos um passeio de ônibus até a cidade de Fátima. Fomos na parte da manhã e voltamos pelas 15:00. O santuário é lindo e para quem é mais religioso chega a ser emocionante. Uma dica: procure por bons restaurantes em Fátima para comer. Não tivemos tempo de olhar e por isso ficamos com fome até a volta. Deixamos a parte da tarde para conhecer melhor Lisboa e fazer umas comprinhas. Fomos até o El Corte Inglês e aproveitamos bastante os preços por lá. Dá para comprar muita coisa boa e barata em Portugal, e na Europa em si, só tem que saber o lugar certo de ir. Fui conhecer Belém e estava SECA para experimentar o famoso pastel de Belém. Confesso que me surpreendi bastante com o bendito pastelzinho. Ele é crocante e cremoso ao mesmo tempo, nada parecido com os que vendem no Brasil. Esse dia estava muito frio e com ventos muito fortes, queríamos conhecer mais coisas, porém o frio não deixou. Na manhã seguinte fomos para Roma, na Itália, mas isso vai ser história para outro post!


Esse post faz parte do projeto “leitores no blog” onde cada um pode enviar sua história de viagem e aparecer por aqui. O post de hoje foi escrito pela Laila Zago. Obrigada, Laila <3

VISITEI AUSCHWITZ I E AUSCHWITZ II – Viagem Sozinha

Desde que estudei sobre a Segunda Guerra Mundial no ensino fundamental, passei a ter muito interesse no assunto. Pensei na possibilidade de visitar Auschwitz, mas sabia que precisava estar preparada pra isso. Li inúmeros livros sobre holocausto, nazismo, fascismo, a vida de Hitler, a vida dos judeus, a vida pós-guerra, li todas as revistas de história que eu encontrava sobre o assunto e até fui a palestras de italianos filhos de sobreviventes contando as histórias de seus pais. Ainda não foi suficiente.

Eu só tinha um final de semana na Cracóvia e queria visitar tanto Auschwitz quanto a mina de sal, então comprei os dois passeios juntos. Paguei em média 80 euros pelos dois, incluindo transfer do hotel até os lugares, visita guiada nos dois, lanche e transfer de volta ao hotel. A visita inclui dois campos: Auschwitz I e Auschwitz II – Birkenau.

portão Auschwitz I

Auschwitz I era um antigo quartel polonês que foi tomado pelos alemães. Na entrada, o famoso portão com a frase “Arbeit Macht Frei” (“o trabalho liberta”). É nos prédios desse campo que fica o museu. Lá podemos ver vários objetos que restaram dos últimos dias antes da chegada dos russos – apenas dos últimos dias, pois todos os bens eram enviados para os alemães. Podemos ver também as latas dos venenos usados nas câmaras de gás, os quartos
onde dormiam os prisioneiros, as celas, a primeira câmara de gás construída para teste, fotografias dos prisioneiros, toneladas de cabelo feminino (a pior parte), a famosa parede da morte e inúmeras malas dos prisioneiros que chegaram no último trem. Todas as malas tinham nomes escritos, algumas também tinham a data de nascimento e endereço. Eles tentaram da melhor forma identificar seus pertences, pois cada um só poderia levar uma mala, então
levaram tudo que tinham de mais precioso. Não faziam ideia do que os esperava.

câmara de gás

parede da morte

A princípio, os prisioneiros eram executados nessa parede à tiros, porém levava tempo, fazia muito barulho e muita bagunça. Os nazistas precisavam de algo mais potente, mais eficiente. Foi aí que criaram as câmaras de gás. Nessa visita guiada é possível entrar na primeira câmara construída e ver os buracos no teto por onde eles jogavam o veneno. Eu confesso que ainda não tenho estômago pra descrever a energia daquele lugar. É quase como se as almas ainda estivessem ali. A energia é muito forte, não só dos judeus, mas também as dos nazistas. A sensação que eu tive era de como se eu pudesse ouvir, ao mesmo tempo, o grito de socorro das almas inocentes e a risada orgulhosa dos monstros que faziam isso.

Auschwitz II é 22 vezes maior que Auschwitz I. Nenhum prédio está aberto para visitas, exceto o prédio dos banheiros que é uma réplica do original. As câmaras de gás foram explodidas pelos nazistas para que não ficassem vestígios dos crimes cometidos naquele lugar. As ruínas permanecem lá exatamente da forma que eles deixaram. É inexplicável a agonia que eu senti vendo aquelas ruínas.

ruínas Auschwitz II

É também em Auschwitz II que vemos a famosa linha do trem por onde chegavam os prisioneiros. No meio do campo, havia uma seleção. Os médicos e guardas nazistas escolhiam quem iria trabalhar e quem iria direto para a morte. Os escolhidos para trabalhar iam pros campos – os outros seguiam direto no trem até o fim da linha, onde seria, também, o fim de suas vidas. Quando os nazistas souberam que a guerra estava perdida e os russos estavam chegando, não se preocuparam mais em recrutar  trabalhadores. Todos iam direto para a morte. Não havia espaço para tanta gente nos crematórios, foi quando começaram a queimar os corpos ao ar livre. E os próprios prisioneiros tinham que limpar a bagunça depois.

linha do trem
sapatos perdidos

Não sei se você, que está lendo isso, acredita em energia. Mas depois dessa visita, fica impossível não acreditar. Eu senti tudo conforme passava pelos lugares. Senti desespero, agonia, tristeza, solidão. No total, a visita durou em média 5 horas. Depois de 3 horas eu já estava doida para sair dali. Isso porque eu havia me preparado muito. Mas você nunca está preparado o suficiente para visitar um local criado para extermínio de vidas inocentes onde 1,3 milhão de pessoas sofreram todo tipo de humilhação possível até serem mortas como se fossem pulgas. Hoje é quarta-feira, fiz a visita no domingo. Ainda tenho dificuldades pra dormir. Ainda fico com as imagens na cabeça toda vez que fecho os olhos. Ainda saio na rua e me pergunto como as pessoas conseguem viver felizes fingindo que nada disso aconteceu. Foi horrível, foi pesado, sombrio, macabro. Eu queria poder não lembrar das coisas que vi. Mas tudo aconteceu, e precisa ser lembrado.

Eu não chorei. O impacto foi muito grande. Não tive tempo para chorar. Foi o dia mais pesado da minha vida. Mas é importante lembrar que o mundo não mudou. As ideias que levaram os nazistas a fazerem o que fizeram ainda existem nos dias de hoje. A diferença é que ainda não surgiu um Hitler para pô-las em prática. Sendo assim, vale a visita. É importante ver o quão absurdo foi o nosso passado para refletirmos sobre o nosso presente e impedirmos que o futuro seja assim tão trágico.


Esse post faz parte do projeto “leitores no blog” onde cada um pode enviar sua história de viagem e aparecer por aqui. O post de hoje foi escrito pela Deborah Izel, você pode encontrar ela no Instagram: @deborahizel . Ela é au pair na Bélgica e fala bastante sobre sua vida e viagens por lá.