10 DICAS PARA VOCÊ SE SENTIR MAIS SEGURA VIAJANDO SOZINHA

Ouvimos muito que viajar sozinha é uma experiência incrível, uma excelente oportunidade de autoconhecimento e tudo mais…Mas quando de fato pensamos em viajar sozinha, especialmente pela primeira vez, sempre bate alguns receios: “Será que é realmente seguro?!” “Será que é para mim?” “E se acontecer alguma coisa, o que eu faço?!”

Fica tranquila, eu já passei por isso e abaixo vão algumas dicas para você criar coragem e começar a planejar sua primeira aventura agora mesmo!

1 A Escolha do Destino

A melhor parte de viajar sozinha é poder fazer tudo do jeito que você quer, escolhendo o destino, a data e tooooda as programação! Mas na escolha do destino, é importante ir com calma, viu? Se aventurar num lugar muito exótico, já na primeira oportunidade, onde você não entende nada da língua, tem uma cultura muito diferente da sua e não costuma receber tantos viajantes, pode ser mais intimidador. Comece por algum destino mais perto, de preferência lugares bem turísticos, com bastante estrutura para receber gente de todos os lugares e nos quais seja comum encontrar outras mulheres viajando sozinhas. Lugares mais próximos costumam possibilitar viagens mais curtas. Há, ainda, lugares nos quais é muito comum fazer todos os passeios com agência (Cusco e Deserto do Atacama são exemplos) e pode ser uma excelente alternativa para quem se sente insegura de fazer tudo sozinha. Depois, com mais experiência, você vai se sentir confortável para explorar até os lugares mais exóticos, com a melhor companhia de todas: a sua!

2 A Escolha da Hospedagem

A escolha da hospedagem é outro ponto muito importante para se sentir segura. E nesse ponto são dois os principais segredos: localização e avaliação de outras viajantes! Escolha uma hospedagem com uma excelente localização, em uma região bem turística e movimentada, porque sozinha você não vai querer pegar um transporte à noite ou andar por ruas escuras e pouco movimentas para ir jantar, por exemplo. Além disso, leia as avaliações de quem já se hospedou no lugar, especialmente no que diz respeito à segurança e localização. Isso vai te dar mais noção do que esperar, e mais tranquilidade na hora da escolha.

Uma dica bônus: hostels podem ser uma excelente alternativa. Em hostels você conhecerá outras pessoas viajando sozinhas e por vezes pode até encontrar companhia (caso seja sua vontade). Se você é do tipo que gosta muito de privacidade, pegue um quarto privativo com banheiro privativo (alguns são melhores que quartos de hotel). E, se for ficar em quarto compartilhado, quartos femininos são ideais para se sentir mais segura!

3 A escolha do transporte na chegada

Muita gente não presta atenção nisso, mas o horário da sua chegada faz uma diferença enorme na sua sensação de segurança! Procure voos/ônibus/trens que cheguem durante o dia, antes de escurecer. O aeroporto/rodoviária/estação de trem estará muito mais movimentado, haverá mais opções de transporte para chegar na sua hospedagem e, caso opte por transporte público, também haverá maior fluxo de
pessoas.

E para não bater qualquer insegurança, planeje com antecedência como você vai do aeroporto/rodoviária/estação de trem para sua hospedagem. Você pode ainda contratar um transfer próprio do seu hotel/hostel, que já estará te esperando no desembarque. Vale também pesquisar como é o meio mais comum de se transportar naquele destino (alguns lugares usam aplicativos de transporte que não são tão populares no Brasil, já baixe no seu celular e conecte com seu cartão de crédito).

4 O Seguro-saúde é essencial

Essa dica não vale só para quem viaja sozinha, é para todo mundo! Nunca viaje sem um seguro saúde! E, se você está viajando no Brasil e tem plano de saúde, verifique se há cobertura no seu destino também.

5 A organização dos documentos



Como você já deve estar notando, toda a segurança (e a sensação dela) está no planejamento prévio da sua viagem! Parte disso é organizar seus documentos. Cheque todos os documentos necessários (passaporte?
vacina? exame de covid? seguro saúde?), imprima-os e deixe uma cópia digitalizada/fotos em algum drive ou no seu e-mail. A cópia impressa é importante: para mostrar na imigração, no check-in, para indicar para um taxista o endereço do seu hotel, para comprovar uma reserva na recepção do hotel, etc. E para consultar quando necessário, caso você esteja sem bateria ou sem internet. Gosto de levar também os telefones das embaixadas, caso eu não esteja no Brasil, e uma cópia de receita
médica de remédio controlado de uso contínuo. Vai que precisa?!
Tudo isso – e o que mais for importante (remédios, eletrônicos, carregadores, dinheiro) – coloque na mala de mão! Junto com uma muda de roupa, para caso sua mala seja extraviada.

6 O Dinheiro

Verifique na internet, em sites como “Quanto Custa Viajar”, o gasto aproximado por dia no local de destino e sempre deixe separado o dinheiro do transporte para o aeroporto na volta, com uma “sobra”, para não ter perrengue na hora de ir embora. Dá para viajar sozinha e economizar bastante, mas nunca ao ponto de se arriscar (se hospedando em locais perigosos, por exemplo). Leve dinheiro em espécie e um cartão de crédito (lembrar de ligar para o seu banco ainda no Brasil e habilitar o cartão para usar no exterior), ainda que você não pretenda usar o cartão. É legal também levar um cartão de débito, meios de pagamento por aproximação, etc. E onde você vai levar tudo isso? Em uma doleira, próxima ao seu corpo! É um item essencial para qualquer viajante! Deixe separado no bolso ou na bolsa o dinheiro do dia, para não mexer na doleira na rua, e o resto do seu dinheiro deixe escondido na doleira. Você pode também guardar metade no cofre do hotel ou no seu armário no hostel, mas não esqueça de levar bons cadeados!

7 Internet e aplicativos

Se seu orçamento permitir, compre um chip de internet. Pode ser antes de viajar, para entregar na sua casa no Brasil, ou pesquise onde comprar no destino antes de ir viajar (e como fala ‘chip’ no idioma local). Mas, independentemente de comprar o chip ou não, baixe no seu celular o mapa do destino (no google maps) e o idioma (no google translate), para que você possa se virar mesmo sem internet!

Há muitos outros aplicativos que podem te ajudar na viagem, para conversão de moeda, dicas de lugares para comer e passear, apps de transporte, de voo, além de aplicativos especiais de cada destino.

8 Encontre um “anjo da guarda”

Saber que tem alguém “cuidando” de você mesmo à distância vai te dar muito conforto! Deixe alguém de sua confiança com seu roteiro (não precisa ser detalhado, apenas os dias que você estará em cada local, voo, telefone e endereço de suas hospedagens) e uma cópia dos documentos que você digitalizou, lembra deles?! Provavelmente, você não vai precisar pedir ajuda para essa pessoa durante toda sua viagem, mas você se sentirá mais tranquila de saber que, caso precise, pode mandar uma mensagem para alguém no Brasil ligar para seu seguro saúde, por exemplo.

9 Entenda seus limites

Viajar sozinha é uma oportunidade ótima de autoconhecimento, sem dúvidas! Mas já trabalhar isso antes da viagem vai tornar ela ainda melhor. Repare o que te deixa insegura, o que te dá medo… no seu dia-a-dia mesmo! Você pode fazer isso refletindo sobre seus hábitos ou até mesmo indo no cinema ou se levando para jantar sozinha. Não fique com vergonha, uma coisa que aprendi viajando sozinha: As pessoas que estão sozinhas em algum lugar (como um restaurante) não são pessoas solitárias, mas sim são as únicas que, sem qualquer dúvida, realmente queriam estar naquele lugar! Grupos, casais, talvez estejam ali para agradar o outro, por educação… quem está sozinho é dono de si e poderia estar em qualquer lugar que quisesse. Refletindo sobre seu perfil, seus gostos e medos você vai saber como melhor organizar seu roteiro, para aproveitar a viagem e se sentir mais confortável. Por exemplo: Se você tem medo de altura, vai marcar um bungee jump no seu primeiro dia de viagem?! Não precisa deixar de fazer nada, mas que tal marcar as aventuras maiores para o fim da viagem, quando você vai estar mais habituada com o lugar, caso você realmente faça questão delas? E Lembre-se: Não faça nada que você não gosta, ou que pode se sentir insegura, só porque “todo mundo faz”.
Além disso, saiba seus limites para bebidas, para alimentação (você tem alguma intolerância? alergia?), o que te dispara crises de choro ou de ansiedade, etc. E leve os remédios habituais que você usa, além de outros coringas (para dor de cabeça, alergia, enjoo).

10 Tenha uma boa história para contar quando te fizerem perguntas

Algumas pessoas são bem curiosas e em alguns destinos você vai ouvir muito perguntas como: “com quem você está?”, “você é casada?” Em algumas situações pode ser melhor não falar que está você está sozinha, então já vá com um discurso pronto: “meu marido está me esperando no hotel”, “meus amigos fizeram esse passeio antes de eu chegar, mas já vou encontra-los”, ou qualquer outra desculpa que você achar conveniente, para cortar a conversa, sem dar informações demais.

Depois dessas dicas, você não só vai se sentir mais segura, como vai se apaixonar pela sua companhia! O que você está esperando para começar a planejar sua primeira viagem sozinha?


Texto: Cristine Helena Cunha. Se considera uma pessoa comum, com endereço fixo e um trabalho comum de segunda à sexta, mas que encontra nas viagens um jeito de escapar da rotina e viver experiências de tirar o fôlego. O principal hobby: consumir conteúdo sobre viagens, planejá-las (mesmo que talvez não as tire do papel) e agora, em parceria com a Mi Alves, escrever sobre elas. Instragram: @cristinehcunha

Orçamento Curto #1 – Couchsurfing

Para quem não sabe-até porque sou mais reservada quanto ao meu dia-a-dia- acabei de retornar de um inteecâmbio que durou 1 ano. Fiz o programa Au Pair e morei em Connecticut-USA. Esse post não é sobre o programa ou sobre meu ano lá.

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Os próximos 5 posts fazem parte da série: Orçamento Curto, e foram feitos baseados no que vivi recentemente, minha primeira experiência de CouchSurfing. Para quem não sabe, o CS é uma organização que começou em 2003 e criada por Casey Fenton. A missão é: “Participação na criação de um mundo melhor, um sofá de cada vez”; com o intuito de mudar não só a maneira como viajamos mas, como nos relacionamos com o mundo também. Você se cadastra, preenche um perfil e pode oferecer seu sofá para viajantes ou “surfar” no sofá de algum host que o tenha disponível.

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O site conta com mais de 1 milhão de membros em mais de 180 países. Eu sempre achei que era muito sistemática para a ideia e tinha receio de me hospedar na casa de quem não conhecia. Quando me vi em Denver-Colorado (fui visitar a Michelle e fiquei com ela por dois dias) e inspirada pela arte da cidade e por um amigo Ucraniano resolvi procurar um host para me hospedar. Economizei 400 dólares em hospedagem e conheci a menina hippie mais legal: Sarah, que dividiu seu apê comigo por 5 dias.

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Além do sofá para dormir e uma coberta com estampa de Harry Potter, ela me ofereceu caronas e me apresentou para mais de 20 pessoas. Acabei passando muito tempo com outros nativos enquanto ela estava na universidade, fiz aulas de yoga, joguei beer pong em uma típica house party, andei por Denver inteira e pasmem, até amarrei uma rede em 2 árvores na rua com amigas super queridas.

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Quando viajando sozinha, você deve tomar cuidado com algumas coisas:

1- Procure por um host que tenha interesses e características que te façam se sentir confortável. Não adianta marcar com aquele cara de 50 anos que gosta de dançar salsa, se você não curtiu o perfil dele!

2- Marque o primeiro encontro em local público. Se você não gostar do seu host, não tenha medo em dizer que não ficará com ele.

3- Tenha um plano B em mente: um hostel, hotel ou amigo para se hospedar caso algum imprevisto aconteça.

4- Ajude seu host. O objetivo do CS não é criar um hotel de graça! Compartilhe sua cultura, pague ou cozinhe um jantar, ensina algo que você saiba, ele vai amar!

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Se jogue sem medo e acredite na bondade das pessoas. Você economizará bastante dinheiro mas, o que vale mesmo é que sairá rico de cultura, amigos, amor e histórias para contar!