Dicas de uma Ex Au Pair para futuras Au Pairs

O Au Pair é um divisor de águas na vida de todes que tiveram a oportunidade de fazer esse programa. Além de alguns perrengues, há com certeza memórias inesquecíveis que ficarão conosco, para sempre, na mente e no coração. Após dois anos de intercâmbio e tendo morado em duas famílias (muito diferentes uma da outra), acredito que essas dicas irão te ajudar para que você aproveite seu intercâmbio da melhor maneira:

1) Aprimorar o seu inglês

Uma das principais razões para se fazer o Au Pair é para aprimorar o inglês mas, é bastante importante que você tenha – pelo menos – o nível intermediário para que consiga se virar no dia a dia (e mesmo assim, pode ser que você se meta em algumas “enrascadas”). Normalmente, as famílias sabem que você está aprendendo o idioma e te ajudam falando mais devagar e repetindo o que for necessário para que haja uma boa comunicação e ter familiaridade com vocabulários que serão usados no dia-a-dia é uma baita mão na roda. Outra dica que me ajudou muito antes de viajar foi assistir séries e filmes com áudio e legenda em inglês.

2) Saber quais são seus objetivos durante o intercâmbio

Você quer viajar, estudar, juntar dinheiro, comprar eletrônicos e blusinhas, etc.? Tudo bem! Independente do seu objetivo, se organizar e se planejar te ajudará a fazer tudo o que você tem em mente. É fato que Au Pair poderia ganhar mais, mas só de não termos contas fixas de casa para pagar, já economizamos bastante e há também algumas outras formas de poupar dinheiro, como usando aplicativos de cashback, aproveitando promoções, Black Friday, Cyber Monday, etc.

3) Alinhar as expectativas entre você e a família

Essa é uma das dicas mais valiosas que eu poderia dar para um(a) futuro(a) Au Pair. Eu vejo que, muitos dos “problemas” que ocorrem se dão porque as expectativas de ambas as partes não estão alinhadas. As conversas via Skype são um ótimo momento para que se deixe claro o que você e a família esperam um do outro e não fiquem fantasiando o que poderia ser melhor na convivência. Muitos dos atritos podem ser resolvidos na base da conversa e ter uma boa relação com a host family melhora o seu intercâmbio em 100%.

4) Escolher a família e não o lugar

A verdade é que você vai passar mais tempo com a host family do que aproveitando o lugar em si, então escolher qualquer família só porque você irá morar na cidade dos seus sonhos, pode não ser a melhor escolha. Pode acontecer também de você estar em dúvida entre duas ou mais famílias e ter que desempatar pelo lugar que eles moram e caso isso aconteça, é só correr para o abraço. Tenha sempre em mente quais são as suas prioridades para o seu ano e tenha certeza que a família escolhida se encaixa nessa lista.

5) Ter em mente que o objetivo principal do programa é a troca de trabalho

Você vai sim conseguir aproveitar e fazer tudo o que você planeja durante o seu tempo como Au Pair mas vejo que, às vezes, – e essa pode até ser uma opinião controversa – muitas pessoas esquecem que o programa é para cuidar das crianças. É muito importante que você tenha o seu tempo livre, faça as coisas que você curte, conheça novos amigos e viaje, mas pode ser que seja necessário abrir mão de alguma coisa para ajudar a sua host family. Como diz o ditado “uma mão lava a outra” e caso você precise que a família te ajude com um dia livre a mais, mudança de schedule, etc., eles irão te ajudar desde que, quando eles precisem de você, você também faça um esforço para com eles.

Espero que você tenha gostado do post e que essas dicas te ajudem no seu ano como Au Pair!


Texto: Gabriela Dias, 27 anos. “Desde criança sempre sonhei que falaria outros idiomas e viajaria o mundo. Comecei a trilhar esse caminho aos 21 anos, quando decidi que iria para o Peru sozinha, a partir daí já fui Au Pair nos Estados Unidos, viajando por diversas cidades e estados, conheci Porto Rico e agora tenho a meta de viajar todos os estados brasileiros. A escrita sempre esteve lado a lado comigo desde criança por ser a única forma que conseguia me expressar através da arte sempre precisar desenhar”. Instagram: @gb_gabxx 

10 DICAS PARA VOCÊ SE SENTIR MAIS SEGURA VIAJANDO SOZINHA

Ouvimos muito que viajar sozinha é uma experiência incrível, uma excelente oportunidade de autoconhecimento e tudo mais…Mas quando de fato pensamos em viajar sozinha, especialmente pela primeira vez, sempre bate alguns receios: “Será que é realmente seguro?!” “Será que é para mim?” “E se acontecer alguma coisa, o que eu faço?!”

Fica tranquila, eu já passei por isso e abaixo vão algumas dicas para você criar coragem e começar a planejar sua primeira aventura agora mesmo!

1 A Escolha do Destino

A melhor parte de viajar sozinha é poder fazer tudo do jeito que você quer, escolhendo o destino, a data e tooooda as programação! Mas na escolha do destino, é importante ir com calma, viu? Se aventurar num lugar muito exótico, já na primeira oportunidade, onde você não entende nada da língua, tem uma cultura muito diferente da sua e não costuma receber tantos viajantes, pode ser mais intimidador. Comece por algum destino mais perto, de preferência lugares bem turísticos, com bastante estrutura para receber gente de todos os lugares e nos quais seja comum encontrar outras mulheres viajando sozinhas. Lugares mais próximos costumam possibilitar viagens mais curtas. Há, ainda, lugares nos quais é muito comum fazer todos os passeios com agência (Cusco e Deserto do Atacama são exemplos) e pode ser uma excelente alternativa para quem se sente insegura de fazer tudo sozinha. Depois, com mais experiência, você vai se sentir confortável para explorar até os lugares mais exóticos, com a melhor companhia de todas: a sua!

2 A Escolha da Hospedagem

A escolha da hospedagem é outro ponto muito importante para se sentir segura. E nesse ponto são dois os principais segredos: localização e avaliação de outras viajantes! Escolha uma hospedagem com uma excelente localização, em uma região bem turística e movimentada, porque sozinha você não vai querer pegar um transporte à noite ou andar por ruas escuras e pouco movimentas para ir jantar, por exemplo. Além disso, leia as avaliações de quem já se hospedou no lugar, especialmente no que diz respeito à segurança e localização. Isso vai te dar mais noção do que esperar, e mais tranquilidade na hora da escolha.

Uma dica bônus: hostels podem ser uma excelente alternativa. Em hostels você conhecerá outras pessoas viajando sozinhas e por vezes pode até encontrar companhia (caso seja sua vontade). Se você é do tipo que gosta muito de privacidade, pegue um quarto privativo com banheiro privativo (alguns são melhores que quartos de hotel). E, se for ficar em quarto compartilhado, quartos femininos são ideais para se sentir mais segura!

3 A escolha do transporte na chegada

Muita gente não presta atenção nisso, mas o horário da sua chegada faz uma diferença enorme na sua sensação de segurança! Procure voos/ônibus/trens que cheguem durante o dia, antes de escurecer. O aeroporto/rodoviária/estação de trem estará muito mais movimentado, haverá mais opções de transporte para chegar na sua hospedagem e, caso opte por transporte público, também haverá maior fluxo de
pessoas.

E para não bater qualquer insegurança, planeje com antecedência como você vai do aeroporto/rodoviária/estação de trem para sua hospedagem. Você pode ainda contratar um transfer próprio do seu hotel/hostel, que já estará te esperando no desembarque. Vale também pesquisar como é o meio mais comum de se transportar naquele destino (alguns lugares usam aplicativos de transporte que não são tão populares no Brasil, já baixe no seu celular e conecte com seu cartão de crédito).

4 O Seguro-saúde é essencial

Essa dica não vale só para quem viaja sozinha, é para todo mundo! Nunca viaje sem um seguro saúde! E, se você está viajando no Brasil e tem plano de saúde, verifique se há cobertura no seu destino também.

5 A organização dos documentos



Como você já deve estar notando, toda a segurança (e a sensação dela) está no planejamento prévio da sua viagem! Parte disso é organizar seus documentos. Cheque todos os documentos necessários (passaporte?
vacina? exame de covid? seguro saúde?), imprima-os e deixe uma cópia digitalizada/fotos em algum drive ou no seu e-mail. A cópia impressa é importante: para mostrar na imigração, no check-in, para indicar para um taxista o endereço do seu hotel, para comprovar uma reserva na recepção do hotel, etc. E para consultar quando necessário, caso você esteja sem bateria ou sem internet. Gosto de levar também os telefones das embaixadas, caso eu não esteja no Brasil, e uma cópia de receita
médica de remédio controlado de uso contínuo. Vai que precisa?!
Tudo isso – e o que mais for importante (remédios, eletrônicos, carregadores, dinheiro) – coloque na mala de mão! Junto com uma muda de roupa, para caso sua mala seja extraviada.

6 O Dinheiro

Verifique na internet, em sites como “Quanto Custa Viajar”, o gasto aproximado por dia no local de destino e sempre deixe separado o dinheiro do transporte para o aeroporto na volta, com uma “sobra”, para não ter perrengue na hora de ir embora. Dá para viajar sozinha e economizar bastante, mas nunca ao ponto de se arriscar (se hospedando em locais perigosos, por exemplo). Leve dinheiro em espécie e um cartão de crédito (lembrar de ligar para o seu banco ainda no Brasil e habilitar o cartão para usar no exterior), ainda que você não pretenda usar o cartão. É legal também levar um cartão de débito, meios de pagamento por aproximação, etc. E onde você vai levar tudo isso? Em uma doleira, próxima ao seu corpo! É um item essencial para qualquer viajante! Deixe separado no bolso ou na bolsa o dinheiro do dia, para não mexer na doleira na rua, e o resto do seu dinheiro deixe escondido na doleira. Você pode também guardar metade no cofre do hotel ou no seu armário no hostel, mas não esqueça de levar bons cadeados!

7 Internet e aplicativos

Se seu orçamento permitir, compre um chip de internet. Pode ser antes de viajar, para entregar na sua casa no Brasil, ou pesquise onde comprar no destino antes de ir viajar (e como fala ‘chip’ no idioma local). Mas, independentemente de comprar o chip ou não, baixe no seu celular o mapa do destino (no google maps) e o idioma (no google translate), para que você possa se virar mesmo sem internet!

Há muitos outros aplicativos que podem te ajudar na viagem, para conversão de moeda, dicas de lugares para comer e passear, apps de transporte, de voo, além de aplicativos especiais de cada destino.

8 Encontre um “anjo da guarda”

Saber que tem alguém “cuidando” de você mesmo à distância vai te dar muito conforto! Deixe alguém de sua confiança com seu roteiro (não precisa ser detalhado, apenas os dias que você estará em cada local, voo, telefone e endereço de suas hospedagens) e uma cópia dos documentos que você digitalizou, lembra deles?! Provavelmente, você não vai precisar pedir ajuda para essa pessoa durante toda sua viagem, mas você se sentirá mais tranquila de saber que, caso precise, pode mandar uma mensagem para alguém no Brasil ligar para seu seguro saúde, por exemplo.

9 Entenda seus limites

Viajar sozinha é uma oportunidade ótima de autoconhecimento, sem dúvidas! Mas já trabalhar isso antes da viagem vai tornar ela ainda melhor. Repare o que te deixa insegura, o que te dá medo… no seu dia-a-dia mesmo! Você pode fazer isso refletindo sobre seus hábitos ou até mesmo indo no cinema ou se levando para jantar sozinha. Não fique com vergonha, uma coisa que aprendi viajando sozinha: As pessoas que estão sozinhas em algum lugar (como um restaurante) não são pessoas solitárias, mas sim são as únicas que, sem qualquer dúvida, realmente queriam estar naquele lugar! Grupos, casais, talvez estejam ali para agradar o outro, por educação… quem está sozinho é dono de si e poderia estar em qualquer lugar que quisesse. Refletindo sobre seu perfil, seus gostos e medos você vai saber como melhor organizar seu roteiro, para aproveitar a viagem e se sentir mais confortável. Por exemplo: Se você tem medo de altura, vai marcar um bungee jump no seu primeiro dia de viagem?! Não precisa deixar de fazer nada, mas que tal marcar as aventuras maiores para o fim da viagem, quando você vai estar mais habituada com o lugar, caso você realmente faça questão delas? E Lembre-se: Não faça nada que você não gosta, ou que pode se sentir insegura, só porque “todo mundo faz”.
Além disso, saiba seus limites para bebidas, para alimentação (você tem alguma intolerância? alergia?), o que te dispara crises de choro ou de ansiedade, etc. E leve os remédios habituais que você usa, além de outros coringas (para dor de cabeça, alergia, enjoo).

10 Tenha uma boa história para contar quando te fizerem perguntas

Algumas pessoas são bem curiosas e em alguns destinos você vai ouvir muito perguntas como: “com quem você está?”, “você é casada?” Em algumas situações pode ser melhor não falar que está você está sozinha, então já vá com um discurso pronto: “meu marido está me esperando no hotel”, “meus amigos fizeram esse passeio antes de eu chegar, mas já vou encontra-los”, ou qualquer outra desculpa que você achar conveniente, para cortar a conversa, sem dar informações demais.

Depois dessas dicas, você não só vai se sentir mais segura, como vai se apaixonar pela sua companhia! O que você está esperando para começar a planejar sua primeira viagem sozinha?


Texto: Cristine Helena Cunha. Se considera uma pessoa comum, com endereço fixo e um trabalho comum de segunda à sexta, mas que encontra nas viagens um jeito de escapar da rotina e viver experiências de tirar o fôlego. O principal hobby: consumir conteúdo sobre viagens, planejá-las (mesmo que talvez não as tire do papel) e agora, em parceria com a Mi Alves, escrever sobre elas. Instragram: @cristinehcunha

Intercâmbio em Brighton, a cidade litorânea mais cool do Reino Unido.

Brighton fica a 1 hora de trem ou 2:30 horas de ônibus saindo do centro de Londres e com certeza vai ser a cidade litorânea mais charmosa e vibrante que você vai encontrar no Reino Unido.



Ela tem tudo que uma cidade grande oferece, com o ar acolhedor de uma cidade pequena. Além de tudo, é considerada a cidade mais gay friendly da Inglaterra! O respeito ao próximo é algo muito forte por lá.

Brighton tornou-se um destino turístico após a chegada da ferrovia em 1841, e a partir daí viu o crescimento populacional crescer, hoje conta com cerca de 480 mil habitantes e a cidade chega a receber por volta de oito milhões de turistas por ano! 

Morei por um tempinho lá, e moraria por toda vida. Aqui eu te explico porque você DEVE incluir Brighton no seu roteiro pela Inglaterra ou até mesmo, escolher a cidade para ser o destino ideal para o seu intercâmbio. Ah, sempre bom lembrar que como estamos em época de Pandemia, o funcionamento dos estabelecimentos talvez seja alterado, é bom verificar no site ou redes sociais de cada um antes de ir.

Intercâmbio em Brighton: 

Eu conheci Brighton através de um amigo que fez um período de faculdade na Universidade de Brighton, e quando fui pesquisar mais sobre o lugar foi paixão à primeira vista. Depois que decidi fazer um mês de intercâmbio na Inglaterra, o mais difícil foi decidir a cidade. Carioquíssima da gema que sou, fiquei fascinada com a ideia de uma cidade à beira-mar e assim eu fui. Planejei tudinho em 6 meses e embarquei para a melhor experiência da minha vida.

O meu nível de inglês avançou muito nessas quatro semanas. O que eu mais tinha dificuldade era o medo da conversação, em errar, em tropeçar nas palavras, e tudo isso eu perdi, e perdi de vez. Até hoje eu consigo me comunicar e conversar sem o medo de falar. Então, eu diria que foi a maior
conquista desse intercambio.

A escolha da Escola:

Meu nível de inglês antes da viagem já era intermediário, por isso foi mais fácil conseguir contatar escolas por conta própria. Eu basicamente joguei no Google, vi avaliações, sites, fotos, vídeos, redes sociais e troquei e-mails com 4 escolas. A escolha final, depois de muita pesquisa, foi pela que cabia mais no meu bolso, era mais afastada do centro e mesmo assim, a uma
quadra da praia.

Minhas aulas eram de 15 horas semanais, o que dá por volta de 3 horas de aula por dia, foi super incrível poder ter essa duração de curso todos os dias, uma coisa muito diferente dos cursos de idioma que eu tinha feito no Brasil.

No primeiro dia na escola, eu cheguei lá bem cedo e fiz uma prova de nivelamento pra saber direitinho para qual nível e turma estava apta a
começar. Peguei meu material, que já estava incluso no valor, e soube o resultado na parte da tarde, o horário que escolhi iniciar as aulas.

Brighton possui uma gama enorme de boas escolas que acolhem estudantes de todas as partes do mundo. Eu por exemplo, estudei com pessoas da Turquia, EUA, França, Itália, África e Japão. Fui a única brasileira na minha sala durante todo o mês do intercâmbio.

Muitas agências brasileiras também fazem pacotes ótimos de várias opções de estudos para a cidade. O valor final que paguei na escola, por 1 mês de intercambio foi de £550 libras.

Acomodação:

A maioria das escolas que eu contatei possuíam a opção de Host Family (Casa de Família). Normalmente essas casas ficam em bairros afastados do centro e da escola, fazendo com que você precise utilizar o ônibus ou bike para se locomover. Por esse motivo sai bem mais barato ficar em Host Family do que escolher uma acomodação própria no centro da cidade. Sem contar que têm a opção de alimentação inclusa, o que é uma boa se você não souber, ou não quiser cozinhar.

A minha escolha, apesar disso, foi feita pelo Airbnb. Como a minha escola não ficava muito no centro, foi mais tranquilo conseguir um quarto em conta perto dela, eu andava só 10 minutinhos para chegar nela, e por volta de 25 minutos até o centro de Brighton.  O valor da acomodação, por 1 mês, saiu por volta de R$2.800 reais.

Alimentação e Lojas:

O mercado Tesco é a rede mais famosa de mercados do Reino Unido, e pra mim, foi a opção mais barata para compras de semana.  Minha primeiríssima compra semanal, que incluía macarrão, frios, iogurte, cereal, ovos, molhos, pão e biscoitinhos custou £14.50 libras. Alguns itens duraram mais de uma semana, tipo o cereal e os iogurtes, mas durante esse tempo morando em Brighton, minhas compras semanais não passavam de £20 libras, mesmo com algumas carnes.



A Loja Poundland era outra opção maravilhosa, ela tem praticamente tudo! De itens de higiene, comida, decoração à itens de papelaria, e melhor: custando apenas £1 libra. Já as lojas de roupa como Primark, H&M e New Look, são ótimas. Vira e mexe tem promoção. Eu comprei suéter por £3 e £6 libras, blusas cropped por £2 libras e as vezes até por £1 libra. São muitas opções, da para deixar a gente doidinha!

Como Chegar em Brighton? 

Avião:
O aeroporto mais próximo é o Aeroporto de Gatwick, que fica a cerca de 1 hora de ônibus até o centrinho de Brighton. Atualmente, a companhia de avião Norwegian opera voos diretos algumas vezes por semana entre Rio de Janeiro e Londres, o que ficou muito mais fácil e barato viajar entre os dois destinos, já que a Norwegian opera esses voos com preços bem abaixo do padrão, principalmente se você optar por não levar bagagem despachada. Lembrando que, por conta da pandemia do COVID essa rota se encontra suspensa.

Ônibus:
A National Express é uma empresa low cost de ônibus e circula por todo Reino Unido, o preço da passagem pode começar em £5 libras. Eu mesma já peguei uma promoção que paguei £15 libras ida e volta para Londres e foi MARA. Os ônibus são confortáveis, com wifi e sem lugar marcado. O ideal é optar pelo destino em Brighton Coach Station, que você salta bem no centro e pertinho da praia.



Do centro de Londres, a principal estação para seguir com destino a Brighton é pela London Victoria Coach Station, e tem a duração de 2:30h. Também é super fácil de chegar de ônibus a partir de outros aeroportos próximos a Londres, pois a maioria conta com a operação da National Express em seus terminais.

Trem:
O jeito mais rápido de se chegar em Brighton é, sem dúvidas, de trem. Você pode pesquisar direitinho no Train Line. O trajeto a partir de Londres dura em torno de 1 hora e tem saída de vários destinos, tais como: London Victoria e London Blackfriars, ambas localizadas no centro da cidade. O preço é bem mais salgado, cerca de £30 libras o trajeto, mas sempre rola promoções de bate e volta, que é o ideal para quem vai visitar a cidade por um dia.

Em um próximo post eu vou te mostrar e contar as atrações mais incríveis dessa cidade! Não deixe de acompanhar o site toda semana para conferir as novidades por aqui. Até lá!


Texto: Karine Ribeiro. 26 anos, é aquariana, carioca e louca pela vida! Novas aventuras, música, séries e viagens. Aos 19 anos fez sua primeira viagem para fora de sua cidade e depois disso, foi só ladeira acima! “Hoje eu vivo para ser feliz e colecionar momentos incríveis, podendno dividir com quem quer somar nesse mundão”. Instagram

Como se preparar para um Cruzeiro Marítimo?

Cruzeiros são uma maneira ótima de viajar! Você irá desfrutar de muito conforto e entretenimento à bordo de um navio, e ainda conhecerá diversos destinos em uma mesma viagem. Famílias que viajam com filhos pequenos têm a vantagem de contar com uma equipe de recreadores que realizam atividades com as crianças em diversos horários. Elas se divertem, e os pais conseguem fazer outras atividades nesses momentos.

Essa é sua primeira vez?

Se você nunca viajou de navio, uma boa opção são os cruzeiros de 3 ou 4 noites. Um roteiro curto é o ideal para você analisar como se sente com o balanço das ondas. Quanto maior for o navio, menos irá balançar. Em algumas rotas o mar costuma ser mais calmo, como no Nordeste brasileiro, por exemplo. Já quem vai para o Sul, especialmente Punta del’Este, vai pegar um mar mais agitado. E pra quem já costuma sentir mal estar em outras viagens, consulte seu médico antes de viajar e peça alguma medicação para você evitar o mareio (sensação de enjoo causada pelo mar).

Escolhendo a Rota:

A escolha da rota pode ser um pouco difícil já que existem tantas opções! No Brasil há lugares incríveis a se visitar: A região de Angra dos Reis é muito linda para se navegar. O mar é bem verde por causa da vegetação das ilhas e a paisagem fica encantadora! Já as viagens para o Nordeste apresentam menor possibilidade de chuvas na época do verão. Nas cidades que possuem porto, o desembarque e embarque são feitos de forma rápida. Já nos locais que não possuem porto, é necessário fazer o transporte de tender (pequenos barcos) do navio até o píer, e esse trajeto demora um pouco mais, além da possibilidade de haver filas no momento em que for sair.

Antes da Viagem:

Informe-se também sobre como será a programação a bordo. É comum as agências de turismo realizarem alguma reunião com os passageiros antes do embarque para dar informações básicas. Elas são importantes para saber detalhes e até para você arrumar sua mala, pois haverá festas temáticas e noite de gala, e esses detalhes são passados pela cia marítima e/ou agência de turismo. Comparecendo a essa reunião você poderá se vestir adequadamente para todos os eventos.

Todos à bordo!

Os horários de chegada e partida dos portos costumam já estar previstos no momento em que reserva seu pacote de cruzeiro. Com isso você conseguirá programar melhor seus passeios em cada local. Em geral, os passageiros devem estar a bordo pelo menos 30 min antes do navio partir.

Há uma equipe de excursões que organiza diversos passeios que saem e retornam para o navio. A vantagem de se reservar com a equipe é o melhor aproveitamento do tempo, especialmente em cidades em que não há porto e o navio fica fundeado. Caso ocorra algum imprevisto e a excursão atrase o retorno, você não terá problemas com perder o navio. Busque o balcão de excursões quando embarcar e informe-se melhor sobre as opções de passeios.

Quanto dinheiro levar?

As compras costumam ser realizadas em dólar na maioria das cias marítimas. As refeições estão inclusas no pacote, mas em alguns navios há restaurantes à la carte e alguns cafés que oferecem refeições pagas à parte. Além de separar uma quantia para excursões e bebidas, lembre-se que há diversas lojas a bordo com ótimos produtos! Muitas vezes fazem promoções de certos artigos e talvez você se interesse em comprar algum perfume, roupa ou relógio.

O spa oferece diversos pacotes e massagens. Se o seu objetivo principal com a viagem for relaxar, essa pode ser uma ótima ideia. Ah, o cassino também pode ser muito divertido! 

E por último, veja tudo o que o navio oferece. No site da cia você encontrará muitas informações e fotos, e também um mapa dos decks do navio. Assim você saberá as opções de restaurantes, bares, piscinas, atividades de lazer e entretenimento. E isso permite que você se planeje para conhecer e vivenciar tudo o que quiser!

Diário de Bordo. 

Quando já estiver à bordo, você irá acompanhar detalhes da programação diária no Diário de Bordo, que todos os dias chegará em sua cabine. Nele estarão os horários de chegada e partida, informação sobre fuso horário,
funcionamento dos bares, restaurantes, piscina e academia, e também os horários dos shows e demais atividades realizadas pela equipe de entretenimento.

Espero que essas dicas ajudem você a planejar seu cruzeiro. Aproveite suas férias no mar!

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Heloisa Schievano Groppo – Bailarina e profissional de educação física com uma vontade enorme de viajar e conhecer diferentes lugares! Ao terminar a faculdade, Helô se aventurou para trabalhar em navios de cruzeiro e foi instrutora fitness à bordo e conhecendo vários lugares lindos. Dois anos depois trabalhou por 2 meses na China, dançando em um parque de diversões. “Senti o quão transformador é estar em um local novo, e continuo buscando conhecer novos locais”. Instagram / YouTube

Visita à reserva Pataxó em Porto Seguro: Como é a experiência?

Créditos: Pataxó Turismo

Apesar de Porto Seguro ser uma cidade extremamente interessante, cheia de opções de praias, feiras ao ar livre e rodeada por outras cidades menores com diversas atrações, o que mais me chamou atenção nessa viagem foi o passeio para a Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira. Um passeio bem alternativo, considerando que trata-se de uma cidade conhecida por suas festas de axé, mas que não pode ficar de fora do seu roteiro. 

Existem várias opções de formatos de visitação. Tudo depende do tempo que pretende passar na reserva e da profundidade da imersão que você depende ter na cultura deles.

O que é a Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira?

A Aldeia Reserva da Jaqueira é um espaço de 827 hectares que foi conquistado por indígenas dessa tribo, onde eles podem viver realizando suas tradições milenares, receber visitantes e desfrutar do convívio com a natureza 24h por dia. Ao todo, vivem cerca de 35 famílias realizando diferentes atividades, tanto dentro quanto fora da aldeia (afinal, eles também têm contas para pagar!), mas a maior parte das famílias trabalha dentro da própria reserva com atividades relacionadas ao artesanato e turismo.

Neste território, a Mata Atlântica está 100% preservada e os índios têm a oportunidade de viver em uma realidade bem próxima daqueles que viviam na região antes da chegada dos portugueses. 

A Reserva da Jaqueira foi demarcada e homologada como terra indígena. Isso significa que ela é protegida por uma Lei Federal. Ao longo da visita, os moradores explicam melhor a luta para conquistar essa terra, que nem sempre foi de posse do povo Pataxó.

Créditos: Pataxó Turismo

O que vou encontrar ao visitar a reserva?

Ao entrar na aldeia, você será muito bem recebido. Em dias de visitação, haverá um integrante da tribo aguardando na entrada para te recepcionar. É possível fazer a visitação por conta própria ou por meio de uma agência de turismo. 

Logo quando cheguei, fui recebida por duas crianças (filhos do que estava responsável pela portaria naquele dia). Uma linda indiazinha com no máximo 3 anos de idade já pulou o meu colo para me receber e perguntar meu nome! 

Apesar de eu ter sido recebida dessa forma, ao longo de todo o passeio, pude perceber que nem todos eles se sentem à vontade para abraçar e tirar fotos com os visitantes o tempo todo. Assim como nós, existem alguns índios que são mais reservados e não conversam muito. Então, é importante ter atenção e entender quais deles se sentem mais à vontade para conversar. Todos estão vestidos de forma característica, pois é realmente dessa forma que se arrumam no dia a dia para manter a tradição viva.

De toda forma, haverá um responsável por guiar todo o seu passeio. Os integrantes da tribo que ficam com esse trabalho são os mais extrovertidos e que têm mais facilidade de lidar com o público. Então, em caso de dúvidas, recorra a ele!

O passeio que fiz foi o chamado “Volta às Origens” –  o mais curto dentre as opções, com duração de 3 horas. Em fevereiro de 2020, o valor era de 85 reais por pessoa. Neste passeio tive a oportunidade de:

  • Receber uma pintura no rosto, que eles usam para identificar se um membro da tribo é casado ou não;
  • Participar de uma roda de conversa onde contam a história da tribo, seu desaparecimento devido à complicações durante a colonização, luta dos descendentes para retomar os costumes e reconstruir a reserva, principais costumes e dúvidas que vão surgindo dentre os visitantes;
  • Visitar o kijeme do Pajé (aquilo que costumamos de chamar de oca, na língua Tupi);
  • Conhecer a exposição aos artesanatos feitos pelas índias da reserva;
  • Fazer uma caminhada leve pela mata para conhecer diferentes armadilhas, atividades típicas e maior contexto sobre a história da tribo;
  • Degustação de peixe preparado de forma característica, na folha de patioba;
  • Participar do Awê, o ritual de confraternização e agradecimento com dança e cantos Pataxó.

Ao final de tantas atividades, tudo que eu queria era ter comprado um pacote maior para passar mais tempo ali, pois foi uma experiência absolutamente incrível.

Existem outras opções de atividades inclusas?

Existem outras opções de passeios que você pode fazer na reserva. São eles:

  • Dia de índio: com duração de 7h, no valor de R$160,00;
  • Dia de índio com pernoite: com duração de 24h, no valor de R$270,00;
  • Cerimônia de casamento (sim, você pode se casar na tribo!): duração de 1 a 7 dias, com valor a ser consultado;
  • Ritual da vitória: com duração de 6h, no valor de R$160,00.

Esses são os valores cobrados diretamente pela tribo. Caso você faça o passeio por meio de uma agência, os valores podem variar por conta dos serviços extras de intermediação.

O que eu achei da experiência?

A experiência como um todo

Sem dúvidas, esse foi o melhor passeio da viagem. É muito interessante ouvir a história do Brasil e das tribos indígenas pela versão daqueles que foram prejudicados em todo o processo. 

Uma coisa que me chamou muita atenção ao longo de toda a visitação é o fato de que a chegada dos portugueses não é retratada como “o descobrimento”, como aprendemos na escola e somos acostumados a falar quando contamos a história do Brasil. Esse fato é retratado como “a invasão”. Pode parecer algo simples, mas passei a ver a história do nosso país como algo completamente diferente. 

No dia a dia, não nos lembramos das nossas raízes e da verdadeira história do país. O que aconteceu aqui antes da “invasão” é simplesmente ignorado e não nos damos conta disso no dia a dia. Todo o sofrimento e luta dos indígenas para lidar com os portugueses é retratado na roda de conversa e foi incrível entender um pouco mais sobre todo esse universo que é tão distante de mim.

As atividades realizadas na reserva

Também foi uma experiência única fazer as atividades junto com os índios. Meu grupo foi guiado por um senhor chamado Murici, que fez toda diferença na experiência! Se você tiver a oportunidade de escolher quem vai guiá-lo na mata, escolha o seu Murici! ;)

Ele nos apresentou a reserva toda de uma forma muito divertida. No grupo havia eu, meu namorado, dois uruguaios e um americano. Por ter uma aparência mais europeia, ao longo do passeio, seu Murici chamava o americano de português e não faltaram brincadeiras que faziam todos rir, nos deixando super à vontade para fazer perguntas que talvez ficaríamos receosos de fazer por medo de ofender a cultura (algo normal quando estamos em um ambiente totalmente diferente do nosso).

Ele nos contou, inclusive, sobre o dia em que jornalistas de uma TV Suíça visitou a tribo durante a Copa do Mundo de 2014 para fazer uma reportagem sobre os índios acompanhando o evento sediado no Brasil, dando de presente uma TV para a reserva. Segundo ele, quando todo o ambiente estava pronto para gravação, nenhum índio conseguiu ligar a TV. Afinal, era a primeira televisão da reserva e ninguém se lembrou que a televisão não era suficiente, faltava a antena! Imagine só a situação? ;)

Em resumo, o dia foi divertido e ficamos super à vontade! Vale muito a pena!

Como fazer o passeio à reserva Pataxó em Porto Seguro?

Durante o passeio, descobri que uma moradora de Porto Seguro foi uma das pessoas que mais ajudou a tribo Pataxó a recuperar parte da terra perdida com a chegada dos portugueses, além de intermediar todo o processo para que a reserva fosse aberta a visitação, gerando renda para a população indígena.

Neste processo, dona Luiza abriu uma agência de turismo que oferece todos os passeios em parceria com a tribo e diversos outros serviços na cidade. Por sorte, havia contratado o passeio com essa mesma agência, mesmo sem saber a história.

Por isso, recomendo que todos os passeios (não só na tribo) sejam feitos por meio da Pataxó Turismo. Eles te buscam no seu hotel, levam até a reserva e retornam com você na sequência. O serviço é ótimo! Vale a pena conferir todas as opções do site!

Você tem alguma dúvida ou curiosidade sobre a Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira? Deixa um comentário aqui embaixo! Te ajudamos a organizar essa viagem que vale cada centavo!

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Texto: Carolina Simões – 26 anos, jornalista por formação e atuante no mercado de marketing digital. Mãe de duas gatas (Safira e Jade) e moradora de Belo Horizonte. “Viajar é, sem dúvidas, minha maior paixão. Sempre sonhei em conhecer o mundo todo, e desde que comecei a ganhar meu próprio dinheiro, isso se tornou uma das minhas principais prioridades. Amo conhecer culturas novas, interagir com pessoas completamente diferentes e me sentir livre. Seja de carro, avião, trem… Topo e amo qualquer aventura!”