TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O INTERCÂMBIO AU PAIR

Em Junho de 2014 embarquei pra experiência mais louca e incrível da minha vida: o meu intercâmbio como Au Pair. Au Pair vem do francês e significa “ao par” ou “igual”. Durante o intercâmbio você mora na casa de uma família amerciana meio que se tornando parte dela sabe? E aí você deverá trabalhar durante até 45 horas na semana cuidando dos filhos dessa família.

Falei mais sobre o intercâmbio no vídeo abaixo:

A duração mínima desse intercâmbio é de 1 ano, com possibilidade de estensão por mais 6, 9 ou 12 meses. Toda semana é pago um valor de USD 195,75 em troca do seu trabalho como babá.

O valor do intercâmbio costuma ser de 500 a 700 dólares, o que é bem barato comparado a outros intercâmbios. Além disso a passagem de ida e volta é responsabilidade da família americana!

PRÉ-REQUISITOS:

– Ter entre 18 e 26 anos.
– Gostar de crianças
– Ser solteira e não possuir filhos.
– Sem antecedentes criminais.
– Ensino médio completo.
– Você deve apresentar atestado médico e de saúde válido.
– Experiência de no mínimo 300 horas comprovadas com crianças.
– Ter inglês intermediário
– Ter carteira de motorista válida e traduzida para o inglês (PID).
– Ter disponibilidade de permanência de 12 meses nos EUA;

Espero que tenha ficado claro!

Um beijo

Canais do Youtube para aprender Inglês

Ooiee! =)

Quero ajudar vocês que vivem me perguntando como eu melhorei inglês, como estudei inglês sozinha e tal! Eu sempre digo que assistir filmes e séries com audio e legenda em inglês ajuda MUIITOO (me ajuda até hoje) e ler também ajuda bastante.

Além disso, temos os incríveis canais do Youtube que sempre dão aquela forcinha. Eu trouxe os meus preferidos e espero que vocês gostem da dica!

Cintia Disse

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Por mais que ela não fale mais taaaanto de inglês como falava antigamente, o canal da Cintia foi o primeiro que eu assisti quando comecei a procurar sobre inglês, pronuncia e regrinhas. Ela tem uma playlist no canal só sobre inglês e tem uma dinâmica bem legal de explicar. Além de tudo, ela é meeega engraçada e tem um cachorro fofo, o Mofilho! LINK

English in Brazil by Carina Fragozo

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Eu conhecoi o canal da Carina quando já estava nos EUA, mas me apaixonei e não passo uma semana sem assistir os vídeos dela. A Carina é super doce e tem uma forma de ensinar muiito easy! Super indico. LINK

Small Advantages

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Vocês não vão acreditar! O Small Advantages é o canal do Gavin Roy, um americano que mora no Colorado e que ensina inglês para os brasileiros. INCRÍVEL! Ele entrou em contato comigo há algum tempo, estamos até pensando em gravar um vídeo juntos e eu comecei a acompanha-lo desde então. Adorei os vídeos e o sotaque português é fofo. Recomendo assistir! LINK

Your English Brazil

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Esse é um canal novo. Poucos vídeos, mas ótimo conteúdo! Através de animações a equipe explica e exemplifica várias regras, termos e tudo mais. Vale a pena dar uma conferida, os vídeos como víde-aulas, a diferença é que não cansa assistir! LINK 

DICA PLUS:

Se você quer aprender línguas e culturas diferentes, não só sobre os EUA e o Inglês especificadamente, eu te recomendo o canal Easy Languages. Dá uma conferida, eu adoro.

Bom, espero que tenham gostado ! Separei e compartilhei com vocês a lista de canais que eu mais assisto para entender regrinhas, praticar o inglês e por que não, me divertir!

A gente sabe como é chato estudar e tentar aprender algo quando aquilo é chato e massante, foi por isso que trouxe essa dica hoje!

Um beijo, amo vocês!

Minha Vida como Au Pair – Motivo, Adaptação e Prioridades

Chegamos ao quarto e último assunto do especial Minha Vida Como Au Pair! Se vocês gostarem de que a gente responda alguma pergunta em específico ou fale sobre algum tema, deixa nos comentários!

O assunto de hoje é: Por que o Au Pair ? Como foi se adaptar nos EUA ? E na real, qual é o seu propósito aqui ?

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1. Por que Escolheu o Au Pair ?

Hellen: “Escohi o programa de Au pair porque foi o jeito mais fácil e barato que achei para ir morar fora do Brasil. E também achei a idéia de ter uma renda, por mais que seja pequena, já valeria a pena. Porque gerealmente nos outros programas tu não pode trabalhar e fazer um curso de alguns meses aqui nos EUA (ou em outros países) é super caro e eu já tinha um mochilão todo programado para a Europa”.

Larissa: “Vi no Au Pair o programa de intercâmbio mais completo e acessível. Nele posso aprender sobre uma nova cultura, trabalhar, estudar e viajar por um preço bem mais em conta do que um curso de idioma, por exemplo”.

Thais: “Porque eu queria uma aventura! Eu estava muito perdida no brasil, no ramo que não gosto e meio stuck. O au pair apareceu bem quando eu precisava e apesar de as coisas aqui não serem fáceis, eu aprecio essa oportunidade e pretendo aproveitar ao máximo”!

Gabrielle: “Sempre quis fazer um intercâmbio para melhorar meu inglês. Ia fazer após o colegial mas terminei e já fui para a faculdade. Quando me graduei, decidi que era agora ou nunca. Já conhecia o Au Pair através de amigas que estavam fazendo e quando estava à procura ele foi o programa de intercâmbio mais acessível, de maior duração e o que me proporcionava ter experiência com special needs, pois estava à procura de crianças com Autismo para minha tese. Isso me fez escolhê-lo. Foi uma ótima opção para melhorar o inglês e fazer uma pôs graduação internacional”.

Marina: “Por que eu estava me formando e sentia que precisava fazer algo diferente e que me desse um impulso em tudo na vida, mas que não fosse caro, e o programa de Au Pair era perfeito pra mim”.

2. Quais são os lados positivos e negativos que você vê no intercâmbio?

Hellen: “Vamos começar com os negativos: acredito que o lado negativo aqui seja o de morar com o chefe – é super complicado ainda mais se tu quiser ter teu tempo off só pra ti. Outro lado negativo eu acredito que seja o de algumas familias pedirem para tu “dar satisfação” do que tu faz quando tu usa o carro da família – entendo mas não concordo. Lados positivos: conhecer a cultura americana no cotidiano, bem a fundo mesmo, pois tu vai estar vivenciado todos os processos da vida das pessoas aqui nos EUA. Ter uma renda fixa por semana – que sim tu consegue viajar e comprar coisas para você mesma, só precisa ter um pouco de controle e os objetivos formados. Viajar e conhecer outro idioma são pontos ofrtíssimos para mim!”

Larissa: “Os lados positivos são todo o aprendizado, crescimento e amadurecimento que temos, as pessoas e lugares que conhecemos e todas as incríveis experiências (um natal com neve de verdade, jantar de thanksgiving, halloween, paisagem toda laranja e marrom no outono e outras coisas). A parte negativa é lidar com uma cultura muito diferente, com coisas que vão contra o que é “normal” para a gente, que não faz parte do nosso dia a dia. É difícil também lidar com a saudade das pessoas e coisas que amamos”.

Thais: “Positivos: você viaja bastante, conhece mtos lugares e pessoas novas, aprende uma lingua e cultura diferente, e principalment aprende a ser independente. Negativos: Morar com os chefes não é nada facil, cuidar de criança nao é glamuroso, ter um schedule meio váriavel, porque você sempre depende dos horários das crianças para ter seu tempo livre”. 

Gabrielle: “O negativo, na minha opinião é não ter liberdade. Não é fácil morar com uma família que não é a sua e ter que dar satisfação de TUDO nos mínimos detalhes. Essa questão de respeito mútuo chega uma hora que é esquecida e eles acabam invadindo sua privacidade. Acho isso desgastante para ambos ! O lado positivo é vivenciar uma nova cultura, conhecer gente de muitos países e fazer coisas que você jamais pensou que seria capaz de fazer. Você vai descobrir quão forte és, e isso dá orgulho. O lado positivo vai te mostrar o quanto você é flexível e que você pode sim sobreviver e evoluir como pessoa”.

Marina: “Aqui eu tenho a chance de conhecer pessoas, lugares, comidas e hábitos que eu nunca conheceria se continuasse no Brasil, assim com de ganhar minha graninha e estudar. Mas mais do que isso, fazer intercâmbio me faz conhecer cada dia mais eu mesma e quais são os meus limites. Parece louco, mas morar fora do meu país me faz enxergar tudo e todos de uma forma bem mais clara, me faz abrir os olhos pra minha vida e pro mundo.
Acho que o único lado ruim de qualquer intercâmbio é não estar na sua casa, com quem você ama”.

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3. Demorou até se adaptar ? O que acha que mais sente falta do Brasil ?

Hellen: “Achei que eu fosse demorar para me adaptar, mas pelo contrário, foi super tranquilo! O que eu mais sinto falta do Brasil: para uma gaúcha que nem eu é uma roda de chimarrão pra jogar conversa fora e os churrascos em família e com amigos. Ahhhhh churrasco…aquele gaúcho mesmo”!

Larissa: “Me adaptei mais rápido do que eu imaginava que iria. Acho que por ser tudo tão novo, eu fiquei animada e me adaptei rápido. Eu sinto muita falta das pessoas que amo, da comida e do jeito alegre e simpático das pessoas no Brasil”.

Thais: “Meu primeiro mês foi bem dificil. Chorei muitooo, desabafei com amigos e familia, queria voltar pra casa. Mas agora, completando 4 meses de EUA posso dizer que estou adaptada. Ainda sinto muita falta da minha familia, mas principalmente da comida hahaha”.

Gabrielle: “Não tive problemas para me adaptar, foi bem rápido. Sinto falta da minha família, cachorros, amigos e minha liberdade”.

Marina: “Eu me adaptei bem fácil! Mas claro que tem coisas que eu sinto falta aqui: da minha família, dos meus amigos, de farofa, de paçoca e de pão de queijo Hahaha”.

4. Qual é a sua prioridade no intercâmbio: Viajar pelos EUA, estudar ou guardar dinheiro ?

Hellen: “Minha prioridade no intercâmbio é aprimorar meu inglês (que não era tão ruim assim). Primeiramente eu queria tentar fazer algum curso relacionado à minha area de formação (Administração) mas nao achei nada legal que fechasse com mey schedule, aí desisti e fiz outros cursinhos. E com toda a certeza, Viajar pelos Estados Unidos – infelizmente não pude viajar muito para outros estados, mas conheço bastante do estado de Washington que é o que eu moro. Mas já tenho planos e praticamente data de início para uma Road Trip pelo país inteiro junto com meu namorado <3”. 

Larissa: “No meu primeiro ano como au pair minha prioridade era viajar. Viajei mais em um ano do que tinha viajado em toda minha vida antes. Mas agora estou juntando um pouco de dinheiro (não da pra voltar com uma mão na frente e outra atras, né? E o dólar alto está me ajudando). E estudar, sempre! Acho que qualquer curso vai acrescentar bastante no meu currículo”.

Thais: “Eu estou tentando viajar ao maximo, mas tb estou estudando, meu objetivo sao fazer 3 cursos aqui e ate agora estou no prazo. Por outro lado tento guardar pelo menos um pouco de dinheiro para qualquer emergencia”.

Gabrielle: “Estudar ! O restante vou conciliando. Mas dá sim para fazer os três, é difícil, mas não impossível”.

Marina: “Todas! Eu tento fazer de tudo um pouco: guardo uma parte do meu salário na poupança, uma parte para pequenas viagens e o resto para o que eu quiser fazer. E até agora tem dado certo! É só se planejar certinho que você consegue fazer o que quiser”!

Obrigada meninas pela participação, eu e todas as leitoras amamos conhecer um pouco mais sobre vocês!

Deu pra ver que a adaptação aqui é fácil, que você sempre sentirá saudade de casa e da comida e que dá sim pra viajar e guardar graninha =)

Espero que tenham curtido! Um beijo <3

Roteiro 3 dias em São Francisco

No dia 27 de Agosto (quinta feira da semana que vem *-*) eu embarco pra San Francisco, a última cidade da California que sempre foi meu sonho conhecer e que eu tenho certeza que será encantadora. SF sempre foi o meu sonho, queria morar lá, andar de bicicleta pelas ruas, ir em chinatown toda semana e respirar o ar tecnológico e ao mesmo tempo natural daquela big city.

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Então vocês podem imaginar quão feliz estou, né!? Vamos no dia 27 a noite, chegaremos em SF as 21:30 da noite e voltamos as 18:00 do dia 30, ou seja, 3 noites e 3 dias inteiros lá! =)

Como fiz com Paris (veja o post aqui) vou compartilhar com vocês o meu roteiro ! Abaixo do roteiro vou colocar os gastos, hotel e lugares que eu não conseguirei ir visitar.

Quinta-Feira: Dia 27

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09:35pm – Chegada no Aeroporto
10:00pm – European Hostel (761 Minna Street, San Francisco, CA 94103)

Sexta-Feira: Dia 28

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07:00am – Café da Manhã
07:30am – Alamo Square Park
08:30am – Haight-Ashbury
09:30am – Amoeba Music Store (1855 Haight Street, San Francisco, CA 94117)
10:00am – Conservatory of Flowers: Golden Gate Park (100 John F Kennedy Drive, San Francisco, CA 94118)
10:30am – Japanese Tea Garden (75 Hagiwara Tea Garden Drive, San Francisco, CA 94118)
11:30am – Almoço por perto do parque
12:00pm – Baker Beach
01:30pm – Golden Gate Bridge
03:00pm – California Street (pegar Uber da ponte até aqui)
04:00pm – Lombard Street (pegar Cable Car da california st até Lombard)
05:00pm – Ghirardelli Square
07:00pm – Lori’s Diner (restaurante que todo mundo fala bem)
09:00pm – European Hostel (de volta ao hotel moídas)

Ao total serão 19 milhas percorridas durante o dia. Buscamos pontos próximos um dos outros para andar e os mais longes para pegar Uber ou Cable Car.

VLOG Dia 1:

Sábado: Dia 29

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07:00am – Boudin Bakery (170 O’Farrell Street, San Francisco, CA 94102, Estados Unidos)
08:00am – Chinatown (maior comunidade Chinesa fora da China)
10:00am – Grant Avenue
11:30am – Almoço
12:30am – City Light Book Store (261 Columbus Avenue, San Francisco, CA 94133, Estados Unidos)
01:00pm – Telegraph Hill (vista da cidade)
02:30pm – Pier 39 + Fishermans Warf (um do lado do outro)
04:00pm – Ferry Building Market
07:00pm – Bairro Castro (bairro Gay de SF)

No sábado a ideia é andar todo o caminho, porque não será tão longe de um ponto ao outro. O bom de andar é que conhecemos lojas, restaurantes, ruas e detalhes que nunca notaríamos de dentro de um carro ou ônibus. Além de claro, queimar umas calorias!

VLOG Dia 2:

Domingo: Dia 30

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07:00am – Mission
08:00am – Dolores Park
11:00am – European Hostel (Check Out)
12:00pm – Almoçar
02:00pm – Aeroporto (pegar Uber do Hostel até Aeroporto)
06:30pm – Voo para Denver

Neste dia nossa ideia é só ir conhecer o bairro Mission e se der tempo também visitar o Twin Peaks com a vista pra SF! Mas como precisamos fazer o check out até as 11 da manhã, e estaremos com malas e tal, não tem como turistar tanto como nos outros dias. Mas mesmo assim vamos fazer muuita coisa legal!

VLOG Dia 3:

O que não vamos conseguir fazer que eu queria muito: Visitar a Prisão de Alcatraz! Se você for viajar para SF e quiser visitar a prisão, precisará comprar seu ticket com um ou 2 meses de antecedência. Procurei na semana passada (há 2 semanas da viagem ) e estava tudo sold out. :(

Para quem pergunta como faço esses mapinhas do post, é no Google Maps! Tem como criar rotas e ir adicionando vários pontos na rota. Ao final, ela sempre te dá a quantidade de KM ou milhas que você percorrerá fazendo a rota toda.

Outra coisa é que criamos esse roteiro com base nos lugares próximos um dos outros e dos lugares que fecham aos sábados ou domingos, horário de funcionamento e tal. É importante olhar tudo isso! E claro, se na sexta o tempo estiver muito feio para visitar a ponte, vamos fazer o roteiro de sábado na sexta e o de sexta no sábado!

Optamos ficar em um hostel com quarto duplo ou seja, só eu e a Lisa no quarto. Teremos que dividir o banheiro com o pessoal do mesmo corredor, mas não nos importamos com isso. Para 3 noites pagamos 100 dólares cada uma, o que eu acho ótimo =) 100 dólares ao total, contando as 3 noites.

Vamos precisar pegar Uber ou Taxi para trechos mais longos como aeroporto até o hostel e ponte até o próximo ponto turístico, e acreditamos que do aeroporto até o hostel vai dar uns 50 dolares mais ou menos. Ela paga o de ida e eu o de volta. Da ponte até a California Street acreditamos que vai dar uns 30 dolares, 15 para cada.

As passagens do Colorado até SF foram 250 dólares para cada uma, ida e volta. Compramos em Junho para pegar mais barato!

Ou seja, o total da viagem vai dar mais ou menos: 500  ou 600 dólares (já contando comida e souvenirs) Isso porque todos os lugares que iremos visitar são de graça e não vamos no Alcatraz. Os tickets pro Alcatraz custam 35 dólares.

 

Espero que tenha ficado claro e que tenham entendido certinho =)

Se tiverem dúvidas é só deixar um comentário aqui no post que eu respondo aqui mesmo.

Um beijo!

Host Family Homoafetiva. Existe ?

Há, hoje vim falar mais um pouco sobre o amor, as formas dele e a possibilidade de você fazer parte de uma situação super amorosa. Tô falando da possibilidade de uma família homoafetiva escolher você como Au Pair =)

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Imagem meramente ilustrativa.

Sim, é permitido famílias homoafetivas no programa e agora mesmo com a novidade de que casais do mesmo sexo podem casar em todos os Estados dos EUA, essa situação se tornará mais comum do que a gente imagina.

Na minha singela opinião, eu acho que deve ser muuuuito irado ter Host Dads ou Host Moms como Host Parents, mas aí fui direto à fonte e perguntei pro paulistano Matheus de 21 anos, que é au pair aqui em Connecticut e tem dois host dads, “como é viver com uma Host Family homoafetiva?”

CC: Quando pensou em ser au pair, passou pela cabeça a possibilidade de ter uma família homoafetiva?
É até engraçado falar disso… Apesar de ter passado, sim, pela minha cabeça, eu não achava que ia ter uma família gay. Eu sempre visualizava uma host family com um host dad e uma host mom. Pra mim, não era tão comum assim um casal gay ter filhos — porque no Brasil não é! — e, ainda por cima, terem um Au Pair. Então, eu achava que era uma possibilidade bem remota. Acabou que foi a minha primeira e única família no perfil. Dois dias depois de eu ficar online, eles apareceram e eu pensei: isso aqui tá bom demais pra ser verdade! Hahaha.

CC:Qual foi a reação da sua família no Brasil quando soube que você moraria com eles ?
Cada pessoa da família teve uma reação diferente. Felizmente, nenhuma preconceituosa ou negativa. Alguns acharam bacana e ficaram maravilhados com essa questão de 2 homens terem uma família há quase dez anos. Mais uma vez, porque você não vê isso pelo Brasil. Minha mãe e minha irmã, as pessoas mais próximas de mim, ficaram super animadas, na verdade. Minha vó, mais conservadora, achou estranho, mas logo se acostumou com a ideia.

CC:Há alguma diferença nas regras do programa, de trabalho ou em qualquer coisa que envolva família vs au pair ?
Não existe diferença alguma. É exatamente como qualquer outra família heterossexual. Como eu disse no meu post no Blog das 30 Au Pairs, eu, particularmente, acho que tenho uma experiência melhor por fazer parte de uma família assim. Eles são mais tranquilos, não me cobram em nada, me dão liberdade pra fazer o que acho melhor e educar os meninos. Eu vejo muitas famílias americanas que, mesmo vivendo em lugares mais progressistas como o nordeste americano, ainda são bem conservadoras e mais rígidas. Isso não acontece aqui, at all!

CC:Como é a sua relação com a família ?
Minha relação é muito boa com eles. Nunca tive nenhum tipo de desentendimento. Muito pelo contrário! Meu host diz que eu sou uma das pessoas mais fáceis de se conviver. Hahaha! Eu procuro ser parte da família, mas sem deixar de respeitar o espaço deles. Acho que isso precisa ser bastante balanceado. Um ponto super positivo neles é que eles fazem com que eu me sinta parte da família (me incluem em todos os eventos, me convidam pra tudo o que fazem etc.) e, ao mesmo tempo, me dão total liberdade de fazer o que eu quiser. Às vezes saímos e eu vou num carro diferente, por exemplo, porque depois vou encontrar os amigos e tal.  Não vou dizer que sou BFF dos meus hosts, mas temos uma relação saudável e sinto que eles confiam em mim. E eu também confio muito neles.

CC: Você que mora com eles, sente o preconceito das outras pessoas em relação a orientação sexual dos dois ?
Eu nunca senti preconceito algum! Essa é uma das coisas que eu valorizo muito aqui nos EUA. As pessoas não são intolerantes (pelo menos eu não presenciei ou sofri preconceito até o momento). Quando passamos pela Carolina do Norte, as garçonetes e garçons sempre perguntavam pra eles se precisavam de contas separadas. Eu não identifiquei aquilo como preconceito (so naive! Haha), mas eles me disseram que fazem isso porque não veem 2 caras e 2 meninos (e um Au Pair) como uma família, já que no Sul o povo é mais conservador. Já comentaram, também, de alguns parentes cristãos que não aceitavam muito bem a ideia. Mas foi isso!

CC:Conte um pouco sobre a família e kids, aposto que todo mundo aqui tá curioso!
Um dos meus hosts, 38 anos, é diretor de uma empresa em NYC. O outro, 33 anos, é médico ginecologista e obstetra e trabalha por aqui mesmo. Eles estão juntos há uns dez anos e têm os meninos há 8. Ambos são bem tranquilos e ótimos pais. Sempre buscam participar bastante da vida dos meninos, passar um bom tempo com eles. Eles são do tipo que chegam mais tarde no trabalho pra ver uma apresentação da escola (minha mãe não era assim, não! hahahahah). Como a família inteira mora em New Mexico (eles vieram de lá), é só eles mesmo. Às vezes vem um parente ou outro, mas é bem raro. Eu cuido de 2 kids: um de 9 e outro de 10 anos. O mais velho tem TDAH, então acontece de termos momentos mais tensos com ele. Mas nada que não dê pra lidar. Eles gostam bastante de videogame, futebol e adoram uma piscina. Haja energia pra acompanhar! rs. No começo, eu tinha um pouco de dificuldade em fazer com que eles entendessem que eu tava in charge (eu sou o primeiro Au Pair) e isso complicava um pouco. Agora já tá tudo bem mais tranquilo, eles me ouvem bastante e temos uma relação boa. Só de pensar que uma hora vou ter que ir embora, já fico de coração partido! :(

CC: Na sua opinião, famílias homoafetivas são melhores de se trabalhar do que uma família hetero ? Principalmente porque você é Male Au pair ?
Famílias homoafetivas sabem o quão ruim é sofrer preconceito. Acho que isso colabora pra que eles não tenham preconceito com um male au pair, que é algo que acontece bastante. Eu nunca tive a oportunidade de trabalhar como Au Pair em uma família hétero, então acho que não posso fazer uma comparação justa. Eu vejo como algo diferente. Assim como seria diferente ter duas host moms ao invés de dois host dads. Essa é a diferença maior, na verdade. Eu sinto falta dessa “vibe feminina” por aqui. Afinal, eu sempre morei com a minha mãe e irmãs e agora moro numa casa só com homens! Hahaha. Ainda bem que tem as amigas Au Pairs pra compensar.

É isso aí! Espero que eu tenha tirado as dúvidas de todo mundo, mas se ainda restarem perguntas ou se alguém quiser conversar sobre o programa, entre lá no meu blog (maleaupair-usa.blogspot.com), confira meus posts e me mande um e-mail! =)
Um super obrigado à Michele pelo convite e parabéns pelo blog de sucesso.
Grande abraço! Até a próxima.

Querido!! Amei a entrevista e amei mais ainda saber um pouco mais sobre tua história como Male Au Pair com uma família de dois host dads! Quão legal é isso gente, sério ?? AMEI!

Se tiverem dúvidas, vão lá no blog dele como ele mesmo disse e perguntem! Principalmente os meninos que acompanham o blog e tem dúvidas sobre o male au pair.

Espero que tenham gostado. Um SUUUUUUUUPER beijo!